Contratado como ajudante geral para trabalhar nas obras do Trecho Sul do Rodoanel, Roberto Alves Morais veio de Tocantins tentar um emprego em São Paulo por meio de uma indicação de um amigo.

O rapaz de 20 anos chegou ao Estado em janeiro e trabalhou quase dois meses como funcionário da Pavigali, mas não recebeu salário algum. “Não sei onde vou ficar e não tenho dinheiro para voltar. Estou dormindo no alojamento, mas não sei como será daqui para frente. Queria receber e ir embora para Tocantins”, afirma Morais.

Segundo o ajudante, não houve a possibilidade de procurar emprego na Capital porque a empresa ainda não deu baixa na carteira de trabalho e ele também não conhece a região.

Morais também conta que nos dias em que adoeceu no alojamento foi no pronto-socorro apenas uma vez. “Tinha febre e dores pelo corpo, mas não sei o que tinha. Um dia me deram dinheiro para ir para o hospital, mas não sei chegar em lugar algum.”

Assim como o ajudante, a pessoa que o indicou está na mesma situação, pois também é de Tocantins. Segundo funcionário da empresa, há também trabalhadores do Maranhão na mesma situação.