Cerca de 15 dias após a finalização do serviço de recomposição da margem do Córrego Taióca, a obra feita pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) já apresenta problemas. O muro, feito para evitar a erosão, já apresenta grandes rachaduras e ameaça ruir após fortes chuvas. Além disso, a beira do curso d'água continua tomada por entulho e mato alto.

Moradores do Jardim Stella criticam o serviço prestado. "Já está afundando de novo. Os trincos aumentam a cada dia. Se passar um caminhão pesado por aqui, já derruba", avalia a dona de casa Andrea Duarte, 33 anos. Segundo a vizinhança, a Avenida Marginal do Córrego Taióca estava interditada havia cerca de dois anos depois de uma forte chuva, que fez com que a via cedesse.

Procurado pelo Diário, o Semasa informa que mandará equipe para vistoriar o local e verificar o que pode ser feito. A autarquia não divulgou o valor do serviço nem quando serão feitos os reparos.

Do outro lado da Estrada João Ducin, os mesmos problemas persistem há anos. Na Avenida José Fernando Medina Braga, a margem do córrego está tomada por lixo, mato alto e entulho oriundo de casas desapropriadas. O representante da comunidade, Maurício Garcia Rodrigues, 34, acredita que, mais uma vez, o bairro sofrerá com enchentes. "No ano passado, a água chegou a cobrir carros. Foram muitos os prejuízos da população, e o que a Prefeitura deu para nós foi uma cesta básica e um colchão", critica.

O Semasa afirma que, em setembro, conseguiu desbloquear no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) verba para o término da canalização do rio. O projeto prevê a construção de parque linear, avenida marginal e ciclovia, o que beneficiaria moradores de bairros como Jardim Alvorada e Jardim Las Vegas. Ainda não foi definida data para que as obras tenham início.