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Sindicatos iniciam luta por reajustes
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
20/08/2012 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Debater reajustes salariais e melhores condições de trabalho com as empresas não será tarefa fácil para os representantes dos metalúrgicos, bancários e químicos.

As categorias iniciam neste semestre as campanhas salariais. Ao todo são 254 mil trabalhadores. Desse total, 206,5 mil funcionários são da base da FEM/SP (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT de São Paulo); 40 mil do Sindicato dos Químicos do ABC e 7.500 pertencem ao Sindicato dos Bancários do Grande ABC.

Com data-base em 1º de setembro, os metalúrgicos e bancários já realizaram os primeiros encontros com os empresários. "Nunca é fácil negociar com banqueiros. Sempre tem uma crise externa que acabam utilizando como desculpa para frear as questões econômicas. Mas neste ano estamos confiantes de que iremos definir tudo na mesa de negociação. Ao contrário do que a maioria pensa, trabalhador não gosta de greve. Esse é nosso último recurso", declara o presidente do Sindicato dos Bancários do Grande ABC, Eric Nilson Lopes Francisco. Em 2011, a categoria realizou a maior paralisação da história na região: foram 21 dias.

Neste ano, os bancários pedem reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5,28% mais a reposição da inflação projetada de 4,97% para o período), piso de R$ 2.416,38, PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) de três salários mais parcela fixa adicional de R$ 4.961,25, além de vales-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche de R$ 622 para cada filho.

Os metalúrgicos, divididos em grupos, também já realizaram algumas reuniões com a classe patronal. Já foram as vezes dos grupos 3 (que reúne os setores de autopeças, forjaria e parafusos) e 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários e rodoviários). Até agora foram discutidas questões como ampliação da licença-maternidade de 120 dias para 180 dias e redução na jornada de trabalho (de 44 horas para 40 horas), sem redução no salário.

Com data-base em 1º de novembro, os químicos têm mais prazo para barganhar. Segundo o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo Lage, as negociações prometem ser acirradas. "Tudo depende do nosso poder de negociar e da mobilização dos funcionários no chão de fábrica."

A pauta de reivindicações será entregue em outubro, mas os encontros na região começam já na sexta-feira. "Como a inflação está menor do que no ano passado, acredito que os empresários estarão mais maleáveis", espera o dirigente sindical dos químicos.

 

 




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