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Unido, PMDB oficializa Skaf após 8 anos de hiato

Última candidatura do partido ao governo do Estado se deu com Orestes Quércia, em 2006, com o partido rachado

Por Fábio Martins
15/06/2014 | 07:06
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Denis Maciel/DGABC


Com discurso de renovação, o PMDB de São Paulo formalizou ontem, em convenção na Capital, a candidatura de Paulo Skaf à disputa do governo do Estado na eleição de outubro. No processo de votação, 596 votos (ou 99% dos representantes, três sufrágios foram em branco) de delegados do partido sacramentaram o nome do hoje ex-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A confirmação do peemedebista na concorrência acaba com jejum de oito anos sem lançar opção própria ao Palácio dos Bandeirantes.

O último voo solo se deu no pleito de 2006, com a candidatura de Orestes Quércia (morto em 2010) sem apoio concreto das principais lideranças. Devido à desarticulação no páreo, na ocasião, ele ficou na terceira posição, com 977,6 mil votos, atrás de Aloizio Mercadante (PT) e José Serra (PSDB), eleito no primeiro turno. Esse diferencial de unidade em torno de Skaf é a grande aposta atual da cúpula da legenda. Prova disso foi a presença de 8.000 militantes na plenária de ontem.

A coligação ficou oficializada com PMDB, PDT e Pros, porém, há prazo de 15 dias na tentativa de aglutinar outras forças. PRB e PV estão na mira de possíveis acordos. As principais lideranças da aliança compareceram à reunião. O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), o ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB), o ex-ministro do Trabalho e presidente nacional pedetista, Carlos Lupi, e o deputado Major Olímpio (PDT), que até maio era pré-candidato no campo majoritário, demonstraram apoio no evento.

No discurso, Skaf utilizou tom de mudança de gestão. Segundo ele, a população tem “mostrado fadiga” diante do período de 20 anos consecutivos do PSDB à frente do Palácio dos Bandeirantes. “As pessoas cansaram. Esse governo vive do passado e agora o PMDB oferece opção nova”, disse o segundo colcoado nas pesquisas eleitorais. “Estamos quebrando essa briga que era só de PSDB e PT, apresentando algo diferente.”

O presidente da executiva de Santo André, Nilson Bonome, frisou que o mote ficará sobre a experiência do candidato na direção do sistema ‘S’, que inclui Sesi, Senac, Sesc, Senai e Senar. “É modelo de excelência.”

Candidatura de Vanessa é homologada

Na convenção, a deputada Vanessa Damo foi homologada como candidata à reeleição à Assembleia Legislativa. Havia dúvidas, nos bastidores, sobre a consolidação interna da peemedebista. Isso porque a Justiça Eleitoral de Mauá decretou oito anos de inelegibilidade à parlamentar por propaganda eleitoral negativa contra o adversário político Donisete Braga (PT), hoje prefeito, durante a campanha de 2012. O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) manteve a sentença. A peemedebista recorreu da decisão em Brasília.

Um dos juízes que avalia o caso da peemedebista no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro João Otávio de Noronha, deu voto contrário à multa aplicada para a deputada por não haver prova concreta de que foi ela a responsável por panfletos apócrifos que atacavam a candidatura de Donisete a prefeito no segundo turno da eleição à Prefeitura. A parlamentar acredita que as demais ações podem também cair por terra sob o mesmo argumento.

Na região, Nilson Bonome (Santo André), David Schimidt (Diadema) e Robinson Castropil (São Caetano) também foram ratificados a estadual. Na briga por vaga de deputado federal, o vice-prefeito de São Bernardo, Frank Aguiar, e os vereadores Gilberto França e Cida Ferreira estão na lista. 




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