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Paço de Santo André diz que não pediu a vereador para formular projeto de lei

Toninho de Jesus afirma que produziu peça após solicitação do governo Carlos Grana

Por Júnior Carvalho
Especial para o Diário
22/03/2014 | 06:36
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A Prefeitura de Santo André negou que tenha pedido para o vereador Toninho de Jesus (Solidariedade) fazer projeto de lei que desclassifica terreno de 6.000 metros quadrados, localizado no bairro Parque das Nações, como Zeis (Zona Especial de Interesse Social). O texto foi proposto oficialmente pelo parlamentar, que transferiu a paternidade ao prefeito Carlos Grana (PT).

Ao Diário, o secretário de Relações Institucionais, Tiago Nogueira (PT), responsável pela articulação entre o Paço e o Legislativo, afirmou que a iniciativa não partiu do Executivo, mas que, ainda assim, o governo não se interessava pela área. “Respeitamos essa postura do vereador, até porque o lote é privado e não temos interesse em emplacar algum programa habitacional naquele local”, disse.

O texto já foi aprovado em dois turnos nesta semana e agora segue para sanção do chefe do Executivo. No entanto, chamou atenção o fato de os vereadores que rubricaram a medida alegarem não saber o porquê de o terreno ser desconsiderado como área de interesse social. Questionados na terça-feira, Ailton Lima (SDD), José Montoro Filho, o Montorinho (PT), e Roberto Rautenberg (PTB) não souberam ou não quiseram comentar a medida.

Localizado na Rua Uruguai, considerada área nobre do município, o terreno deixou a lista de Zeis, ou seja, possíveis lotes em que o governo poderia erguer empreendimentos voltados à população de baixa renda, no âmbito do Minha Casa, Minha Vida.

Tiago Nogueira, no entanto, destacou que o Paço dispõe de 19 áreas que receberão projetos habitacionais. “São terrenos já reservados legalmente, todos sacramentados pela Câmara. Estamos dando prioridade nessa questão”, salientou.

PROMESSA
Em novembro do ano passado, Grana enviou projeto ao Legislativo autorizando a concessão de 15 terrenos públicos para construção de moradias populares.
Recentemente, o petista reforçou a intenção em entregar 8.200 unidades até o fim do mandato. Para construir os apartamentos, Grana fará convênios com a União e com o governo estadual, por meio do Programa Casa Paulista.

Todas as áreas que receberão as unidades habitacionais foram batizadas como Zona de Interesse Social, que, em alguns casos, também prevê a presença de equipamentos de utilidade pública.
 




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