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Pinheiro tenta consenso com Estado e União sobre hospital

Paço de S.Caetano vislumbra unidade de clínicas, mas S.Paulo e governo federal querem de referência

Cynthia Tavares
15/02/2014 | 07:08
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Marina Brandão/DGABC


 A falta de entendimento sobre o destino do Hospital São Caetano emperra as tratativas do Executivo com Estado e União para reabertura da unidade de Saúde.

O município deseja que o local seja transformado num equipamento de clínicas, igual ao que foi construído em São Bernardo. Já o Estado e a União, responsáveis pelo custeio, desejam um hospital de referência para atender os outros municípios da região – bandeira defendida desde 2011 pelo Consórcio Intermunicipal. Atualmente, o Grande ABC conta com dois locais desse tipo: o Hospital Mário Covas, em Santo André, e o Hospital Serraria, localizado em Diadema.

O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), se reuniu com o ministro da Saúde e ex-secretário de Saúde em São Bernardo, Arthur Chioro (PT), no começo da semana para avançar nas negociações. Chioro foi responsável pela unidade de clínicas são-bernardense. “Ele ficou de analisar as sugestões. Agora vou preparar documentação, levar ao Estado e conversar com o secretário (estadual da Saúde, David Uip). Para que eles (gestão paulista e União) entrem num acordo”, disse.

Na audiência, que ainda não tem data definida, a Prefeitura precisará fornecer série documentos para o Estado encontrar viabilidade jurídica no custeio da unidade. “A planta do local e levantamento detalhado do prédio estão na lista. Tenho que dar subsídio para que eles tenham ideia dos gastos”, explicou o prefeito.

As divergências sobre o destino do Hospital São Caetano refletiram até no Legislativo durante a sessão de terça-feira. O vereador José Roberto Xavier (PMDB) fez um discurso inflamado defendendo o atendimento para os são-caetanenses. “Precisamos da ajuda do Estado e do governo federal, mas também necessitamos que o viés seja para nossa cidade. Resgatar aquilo que essa unidade já foi um dia. Representava nossa cidade e também a região”, recordou o parlamentar, que é médico e trabalhou no local por anos.

Já o parlamentar Pio Mielo (PT) defendeu que o equipamento seja dividido para satisfazer os dois lados. “Acho que poderia ser 50% de referência e 50% hospital de clínicas. O hospital contempla a região toda”, afirmou.

O Hospital São Caetano tem seis andares e 152 leitos. Em fevereiro de 2012, o ex-prefeito de São Caetano e atual secretário de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), conseguiu reativar parte do local, que passou a funcionar como ambulatório. A medida foi possível porque o petebista publicou decreto que declarou o imóvel como utilidade pública.

O prédio está avaliado em R$ 12 milhões. A Sociedade Beneficente Hospitalar São Caetano era a mantenedora da unidade, mas encerrou as atividades em agosto de 2011 por conta de dívida estimada em R$ 60 milhões.

 




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