Os presidentes de Argentina, Néstor Kirchner, e Bolívia, Evo Morales, vão assinar nesta quinta-feira, na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra, um acordo para o fornecimento de gás para a Argentina pelos próximos 20 anos, que garantirá ingressos de US$ 17 bilhões aos bolivianos.
Morales e Kirchner estarão estabelecendo, assim, uma aliança estratégica que contempla, além do fornecimento de gás, a participação das estatais de Bolívia e Argentina, YPFB e Enarsa respectivamente, no negócio de transporte e exploração de hidrocarbonetos e derivados, segundo o vice-presidente boliviano, Alvaro García.
A meta, segundo García, é elevar as exportações de gás para a Argentina dos atuais 7,7 milhões de metros cúbicos diários para 27,7 milhões no lapso "de entre 10 e 20 anos". Para tal, será instalada uma unidade de liquefação de gás na localidade boliviana de Yacuiba e um gasoduto que percorrerá todo o nordeste da Bolívia.
La Paz reajustou recentemente o preço do gás vendido à Argentina, de US$ 3,5 para US$ 5 o milhão de BTU (Unidade Térmica Britânica), mas as negociações sobre o preço do gás vendido ao Brasil estão estancadas. A Bolívia tem atualmente no Brasil seu principal mercado para o gás, com venda média diária de 25 milhões de metros cúbicos.
"Este convênio do presidente Morales com o presidente Kirchner é um grande presente para a Bolívia, para seu povo, e nos torna o centro energético do continente, ocupando os dois mercados mais importantes da região", comemorou o vice-presidente.
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