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Aumentam casos de conjuntivite viral no Grande ABC
Por Do Diário do Grande ABC
06/10/2004 | 09:08
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Há um aumento de casos de conjuntivite na região. Apesar de não apresentarem números, oftalmologistas e Prefeituras ouvidos pela reportagem do Diário disseram ter notado um ligeiro crescimento nos casos. O aumento também foi registrado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). No Hospital São Paulo, ele foi de 200% em setembro, comparado aos números de agosto.

O causador da doença é o Adenovirus, um primo distante do vírus da gripe, que provoca a inflamação da conjuntiva - a fina membrana que recobre a parte externa do olho. Assim como seu parente, também é de alta contagiosidade. "É uma doença transmitida, principalmente, pelo contato com objetos contaminados. Mas também pode ser contraída pelo ar", disse Darcione Silveira Teixeira, oftalmologista do Hospital Neomater, em Santo André, e da Santa Casa de São Paulo.

Darcione estima que, nos hospitais onde trabalha, os casos de conjuntivite viral tenham aumentado em cerca de 20%. No Hospital Beneficência Portuguesa de São Caetano, os casos de pessoas infectadas pela doença subiram de duas para cinco por dia.

José Lucas de Souza Filho, oftalmologista do Hospital Brasil, em Santo André, também notou aumento do número de casos. Segundo ele, as temperaturas mais altas favorecem a proliferação da conjuntivite. "As piscinas, por exemplo, são um dos focos de propagação da virose."

Outro tipo de conjuntivite comum durante esta época do ano é a alérgica ou primaveril, como é chamada nos Estados Unidos. "Esse tipo de conjuntivite aumenta com a maior quantidade de pólen em suspensão e com a poluição", explicou o oftalmologista Ricardo Sampaio, da clínica CRS, em Santo André. Segundo Sampaio, a conjuntivite alérgica é menos perceptível que a viral, porém, mais perigosa. "Quando o problema é alérgico, o tratamento é mais longo e há necessidade em fazer uso de colírios antialérgicos."

O terceiro tipo de conjuntivite, a bacteriana, é mais raro. "Acontece mais no inverno e, na maioria das vezes, está associada à falta de higiene", completou Sampaio.




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