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Aplicação em ações domina ranking dos mais rentáveis
Por Fernando Bortolin
Do Diário do Grande ABC
26/01/2006 | 08:31
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Levantamento do Diário junto a 16 ativos financeiros voltados para investimentos disponíveis para empresas e pessoas físicas no mercado nacional, mostra que 50% deles, ou os oito mais rentáveis neste início de ano, são indexados a renda variável – dos quais, sete vinculados ao sobe-e-desce das ações negociadas na bolsa paulista.

Só nos últimos seis dias, o pregão da Bolsa de Valores de São Paulo movimentou R$ 11,5 bilhões, para uma média diária de R$ 1,9 bilhão, dos quais a pessoa física rivalizou com os investidores estrangeiros na compra e na venda de papéis, participando com 12,35% na compra de ações e 13,72% na venda das mesmas, ante 18,53% e 15,83% dos investidores estrangeiros, respectivamente.

Outro destaque é que pelo menos 7,32% dos R$ 741,5 bilhões aplicados em fundos de investimentos estão alocados em fundos de ações. São R$ 54,2 bilhões. Essa montanha de dinheiro tem buscado apropriar-se dos bons ventos que estão dando bons desempenhos a diversos índices do mercado de ações, como é o caso do líder no ranking, o FGV-100E, que já rendeu 12,48% até o dia 24.

O FGV 100 é um índice criado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), tem mais de 20 anos de vida e dentro dele a fundação escolheu as 100 empresas privadas do país negociadas em bolsa. É o principal referencial para as chamadas ações de segunda linha, papéis de excelente desempenho, mas com baixa liquidez.

A versão FGV 100-E, foi criada em 2003, e nela se inserem, juntamente com as empresas privadas, alguns dos melhores papéis de empresas estatais. Portanto, ele espelha o desempenho diário das 100 maiores empresas privadas e estatais, que em seu conjunto deram retorno de 12,48% em lucros aos investidores. A versão FGV 100 pura, que só conta com empresas privadas, rendeu 6,44%. No mesmo período, as 57 ações que compõem o Ibovespa renderam 11,79%.

Ranking – No ranking montado pelo Diário não constam as performances individuais de alguns fundos de ações, mas vale destacar a performance do Nossa Caixa Ações que já rendeu 29,3% até o dia 23, ou ainda 12 fundos de ações dedicados a aplicação em ações da Petrobras, que mostram rentabilidades médias de 20,5% no período. O mesmo vale para aqueles investidores que compraram ações da estatal com o FGTS: o retorno médio está na casa dos 21%.

Enquanto no Nossa Caixa Ações o investimento mínimo é de R$ 2 mil para ingresso, nos dedicados a Petrobras pode-se aplicar R$ 200. Mas vale uma dica: nunca se deve aplicar em ações na alta. Um fundo como o Nossa Caixa Ações pode não repetir a mesma performance em fevereiro, isso porque o mercado está ávido por uma realização de lucros. Se o seu dinheiro está na renda fixa, espere pela virada de mês.



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