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PSDB prepara grande festa na região
Por Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
26/07/2010 | 07:09
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O PSDB prepara pomposa festa no Grande ABC, mais especificamente em Santo André. A intenção é reunir os candidatos tucanos ao governo do Estado, Geraldo Alckmin, e à Presidência da República, José Serra, em lugar fechado, na segunda quinzena de agosto.

A campanha de Alckmin prevê oito atividades de grande proporção na Região Metropolitana, formada por 38 cidades mais a Capital, que tem ações específicas do ex-governador. A região deve receber o primeiro evento da série.

"Será em local fechado, mas aberto à militância, com participação das lideranças. Alckmin está esgotando a agenda da Capital, onde são mais de 40 compromissos e existe maior demanda de trabalho. A partir de agosto começam as atividades nos outros 38 municípios da Região Metropolitana. Estão esperando começar o horário eleitoral na televisão e no rádio (dia 17). É uma sugestão, mas ainda não está definido", revela o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), que participa da coordenação da campanha tucana em São Paulo.

A previsão é compatibilizar a agenda para que Serra participe. "Ele tem agenda própria, que sempre não é compatível. Mas é o que queremos. Se tiver a atividade presidencial, será única", observa o petebista.

Auricchio explica que Santo André foi escolhida como sede pela "melhor logística". "É a cidade com o melhor acesso entre as sete da região. Também pela representatividade que tem no cenário nacional."

Sobre a expectativa de as candidaturas tucanas terem melhor desempenho frente às chapas petistas na região, o chefe do Executivo são-caetanense prevê resultado positivo. "O Grande ABC é importante para qualquer candidatura. Nas últimas eleições os resultados foram parelhos. Esperamos, agora, que seja mais amplo a favor na gente."

O próprio candidato ao Palácio dos Bandeirantes havia afirmado, no início do mês, que o PSDB traçava estratégia de contra-ataque às investidas do PT na região, berço do partido. Mas com apenas uma atividade de grande porte prevista, a responsabilidade de propagar os candidatos tucanos estará nas mãos das lideranças locais. "Tem de tratar cada cidade de maneira individualizada, mas pensando no resultado global. As inserções por aqui serão poucas e as lideranças têm de tocar (a campanha) para frente", destaca Auricchio.

Sobre a aproximação com a cúpula do PSDB e sua atuação efetiva na organização da campanha, Auricchio mantém discurso pé no chão. "Essa relação (estreita) não é de hoje. É identificação antiga e no período eleitoral fica mais clara. Desde antes de estar na Prefeitura existia isso", salienta.

Acerca da possibilidade de se desligar algumas semanas da administração para se dedicar exclusivamente à candidatura de Geraldo Alckmin, o petebista ressalta que não há definição. "Estou me desdobrando, estou indo dormir tarde. Tenho acompanhado todos os eventos da Capital, alguns de Interior de fim de semana. Está dando para tocar. Se for necessário, sim (se desliga). Mas a campanha está indo bem. Não atrapalha a rotina na Prefeitura."

Auricchio não vai interceder para definição de Aidan
Tido como coordenador regional das candidaturas tucanas, o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, não vai interceder para que o colega de partido e prefeito de Santo André, Aidan Ravin, se posicione a favor da chapa presidencial encabeçada por José Serra (PSDB).

Oficialmente, Aidan se mantém neutro. Mas nos bastidores ventila-se que sua preferência seja a presidenciável petista Dilma Rousseff. O petebista sofre forte assédio do PT para aderir à candidatura da ex-ministra e de outros companheiros dela.

"Essa é uma decisão pessoal dele. A estatura política e a liderança dele permitem que tenha a decisão", esquiva-se Auricchio. Indagado se irá procurá-lo para conversar e tentar cooptá-lo de vez para o apoio ao PSDB, o chefe do Executivo são-caetanense é enfático. "Não tem porque acontecer isso."

Auricchio faz análise mais abrangente. "Acho que ele vai optar pelo que entende que é melhor para Santo André. O melhor caminho é estarmos juntos com o governador Alckmin e o presidente Serra. Acho que esse é o caminho natural. Mas a decisão é dele."

Para Auricchio, a direção paulista do PSDB é que tem de procurar Aidan Ravin para saber de suas reais intenções e o motivo de, até o momento, não seguir a cartilha do PTB, que nos âmbitos estadual e nacional está coligado com o tucanato.

Auricchio, por outro lado, diz não observar esse "afastamento" do prefeito andreense à filosofia petebista. "É uma questão pessoal em relação ao grupo político dele na cidade. Tenho certeza que estará engajado no nosso projeto. Até pelo tamanho da liderança, pelo tamanho da vitória dele em 2008, pelo que ele simboliza na política contemporânea", discorre, ao lembrar o êxito de Aidan na eleição municipal, na qual bateu de virada (no primeiro turno foi segundo colocado e obteve maioria de votos no segundo turno) o petista Vanderlei Siraque.




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