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PF realiza operação contra fraudes no Conselho de Enfermagem
Do Diário OnLine
Com Agências
28/01/2005 | 12:23
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Uma operação realizada por oficiais da PF (Polícia Federal) nesta sexta-feira, batizada de 'Operação Predador', resultou na prisão de 15 pessoas ligadas ao Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) acusadas de peculato, formação de quadrilha, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Ao todo foram expedidos 18 mandatos de prisão e 20 de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro, Piauí, Alagoas, Goiás, Rio Grande do Norte e Sergipe.

De acordo com informações da Rádio CBN, essas pessoas ligadas ao Cofen - responsável por receber contribuições de enfermeiros – estariam desviando dinheiro por intermédio de notas falsificadas e licitações superfaturadas desde 1990. Um levantamento inicial da PF revela que cerca de R$ 50 milhões foram desviados pela quadrilha e utilizados no financiamento da campanha eleitoral do ex-deputado federal, José Carlos Pires Coutinho, e de um vereador do Rio de Janeiro que não teve sua identidade revelada.

Entre os chefes da quadrilha está o próprio presidente do Cofen, Gilberto Linhares Teixeira (detido em Aracaju), o vice-presidente João Aureliano Amorim de Sena (preso em Natal); e três ex-presidentes da instituição Nelson da Silva Parreiras, Iva Maria Barros Ferreira e Hortênsia Linhares – esposa do atual presidente do Cofen. Outros cinco empresários ligados à instituição e quatro funcionários da Cofen foram presos.

Escândalo – O escândalo do desvio de dinheiro veio à tona em 1997, quando a então presidente do Cofen, Maria Lucia Tavares, denunciou o esquema à Polícia Federal e ao MPF (Ministério Público Federal). No entanto, após o assassinato de um de seus assessores, Maria Lucia se retirou do 'cenário' com medo de represália. O principal suspeito de ser o mandante do crime é o atual presidente do Cofen. Com todos esses acontecimentos, um inquérito foi aberto no início de 1998, na Delegacia Fazendária. Este inquérito deu início às investigações.




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