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Dermatopoliomiosite

A polimiosite é uma doença crônica do tecido conjuntivo, enquanto a dermatomiosite é semelhante, mas acompanhada de inflamção da pele

Por Leo Kahn
21/04/2011 | 00:00
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A polimiosite é uma doença crônica do tecido conjuntivo caracterizada por inflamação com dor e degeneração dos músculos, enquanto a dermatomiosite é semelhante à polimiosite, mas acompanhada de inflamação da pele. São doenças do grupo das miopatias inflamatórias idiopáticas e evoluem até para uma incapacidade muscular, fraqueza e deterioração. Essa debilidade manifesta-se tipicamente nos ombros e nas ancas, mas pode afetar simetricamente os músculos de todo o corpo.

Acometem, geralmente, adultos entre os 40 e 60 anos, ou em crianças dos 5 aos 15 anos. As mulheres têm o dobro de probabilidades de contrair estas doenças. Nos adultos, podem aparecer de forma isolada ou virem com outros problemas do tecido conjuntivo, como a doença mista do tecido conjuntivo.

Embora a causa seja desconhecida, é possível que os vírus ou certas reações autoimunes desempenhem papel importante no desenvolvimento deste processo. O cancro também pode desencadear estas doenças (uma reação autoimune contra o cancro pode também afetar uma substância componente dos músculos). Cerca de 15% dos homens com mais de 50 anos que sofrem de polimiosite também têm cancro; em contrapartida, as mulheres que têm polimiosite são um pouco menos propensas ao cancro.

SINAIS E SINTOMAS
Febre;

Fadiga;

Perda de peso;

Fraqueza muscular, principalmente cinturas escapular e pélvica;

Dificuldade para engolir;

Engasgos frequentes;

Dor articular, com ou sem inchaço;

Manchas avermelhadas ou arroxeadas em articulações, principalmente mãos;

Mancha avermelhada em pálpebras.

A fraqueza muscular pode começar lentamente ou de maneira repentina e piorar ao longo de semanas ou meses. Dado que os músculos próximos do centro do corpo são os mais afetados, tarefas como levantar os braços acima dos ombros, subir escadas e levantar-se de uma cadeira podem ser difíceis.

O diagnóstico é realizado através de certos critérios como: fraqueza muscular nos ombros ou nas ancas, erupção cutânea característica, aumento dos valores de algumas enzimas musculares no sangue, alterações características no tecido examinado ao microscópio e anomalias na atividade elétrica dos músculos, o que se mede com um instrumento chamado eletromiógrafo. Podem ser necessárias análises especiais sobre amostras do tecido muscular para afastar outras alterações que afetam os músculos.

Os exames laboratoriais são úteis, mas não podem identificar a polimiosite ou a dermatomiosite de forma específica, tipo e elevação de enzimas musculares - CPK, TGO, aldolase e auto anticorpos.

SAIBA MAIS
São doenças crônicas, inflamatórias de origem autoimune.

Aparecem dores e inflamação das articulações em quase um terço das pessoas afetadas.

A dor e o inchaço tendem a ser ligeiros.

O fenômeno de Reynaud manifesta-se com muita frequência nas pessoas que sofrem de polimiosite juntamente com outras doenças do tecido conjuntivo.

A polimiosite não afeta, em geral, órgãos internos, exceto a garganta e o esôfago, mas pode afetar os pulmões, causando falta de ar e tosse.

Também podem aparecer úlceras do estômago ou do intestino, que podem causar fezes sanguinolentas ou negras, com mais frequência em crianças do que em adultos.

Na dermatomiosite, as erupções cutâneas tendem a aparecer ao mesmo tempo que os períodos de debilidade motora e outros sintomas.

Pode aparecer na cara uma erupção cutânea de cor vermelha-escura (eritema heliotrópico), assim como um inchaço de cor vermelha-púrpura à volta dos olhos.

Outro tipo de erupção cutânea, que pode ser escamosa, lisa ou em relevo, pode aparecer em qualquer parte do corpo, embora seja mais frequente nos nós dos dedos. A base das unhas pode ficar avermelhada.

Quando as erupções cutâneas se desvanecem, pode-se manifestar uma pigmentação pardacenta, cicatrizes, ou manchas pálidas por despigmentação da pele.

A restrição das atividades é útil na maior parte dos casos de inflamação muito intensa.

Por outro lado, existe risco de morte para os adultos com doença grave e progressiva, dificuldade na deglutição, desnutrição, pneumonia ou insuficiência respiratória.

O tratamento deve ser instituído precocemente para evitar a perda e atrofia muscular, minimizando a incapacidade.

É muito importante a realização de fisioterapia para preservar e melhorar a função muscular.

Não existe a cura completa da doença, assim como outras doenças autoimunes.

O tratamento visa à remissão e estabilização da doença e minimizar a incapacidade e melhorar a qualidade de vida.




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