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Ex-pastor é executado pelo assassinato de uma família em 1989
Da AFP
24/10/2006 | 14:49
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O ex-pastor de uma dissidência mórmon, Jeffrey Lundgren, 56 anos, que foi condenado em 1989 pelo assassinato de um casal de fiéis e de seus três filhos, foi executado com uma injeção letal nesta terça-feira em Ohio, no norte dos Estados Unidos.

Trata-se do 46º condenado executado este ano nos Estados Unidos, onde mais de 3 mil pessoas estão neste momento nos corredores da morte.

Ex-marine durante a guerra do Vietnã, Lundgren se tornou pastor em 1984 em Kirtland (Ohio), em um templo administrado pela Comunidade de Cristo, uma dissidência dos mórmons.

Seus sermões e o conhecimento da Bíblia fizeram com que ele adquirisse uma certa fama local, mas sua propensão a embolsar o dinheiro doado à Igreja pelos fiéis levou a Comunidade a demiti-lo depois de três anos de ofício. Durante este período, um pequeno grupo de cerca de 20 fiéis se formou em torno do pastor.

Expulso de sua igreja, o ex-pastor começou a evocar suas visões: o grupo deveria retomar o templo de Kirtland, haveria um terremoto e o Cristo voltaria à Terra. Os homens do grupo iniciaram então um treinamento paramilitar.

No início de 1989, o grupo estava pronto para a guerrilha. Porém, antes da partida, Lundgren afirmou que a pequena comunidade deveria ‘podar a vinha’, uma expressão freqüente na Bíblia que o guru interpretava como um convite a matar alguns de seus fiéis para que o reino de Deus fosse fundado na terra.

Com a cumplicidade de sua esposa, de seu filho e de outros membros da comunidade, o pastor convidou a família Avery para um jantar na noite de 17 de abril de 1989. Um por um, os pais e os três filhos, com idades de sete, 13 e 15 anos, foram atraídos ao sítio alugado pelos Lundgren, depois foram amarrados, atirados em uma vala cavada especificamente para este fim e mortos com vários tiros à queima-roupa.

Alguns dias depois, a comunidade foi se instalar numa região isolada da Virgínia ocidental (leste). Porém, dissensões surgiram dentro do grupo, sobretudo quando Lundgren resolveu escolher uma segunda esposa. Em dezembro de 1989, um dos fiéis denunciou os assassinatos à polícia.

Os cinco corpos foram encontrados em janeiro de 1990. Lundgren foi preso alguns dias depois na Califórnia e confessou os crimes. A mulher de Jeffrey, seu filho e três membros da comunidade foram condenados à prisão perpétua, e outros oito foram sentenciados a penas de um a 25 anos de prisão.



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