“Desde novembro do ano passado, 13 profissionais estão analisando a área de cerca de 4,6 milhões de m² – predominantemente de mata secundária com bom estado de conservação – para verificar qual extensão será destinada ao parque e para saber também qual será a infra-estrutura necessária para o seu funcionamento – com relação à fiscalização, centro de visitantes e sinalização”, disse o subprefeito. Com a criação do parque, o município passa a ser gestor de proteção dos recursos naturais do local, o que, para Caetano, significa um grande ganho para a Vila.
“O parque natural difere do parque urbano por ter uma proporção muito maior de área vegetal e, por isso, uma função de conservação da biodiversidade com uma proposta mais científica. Unimos a esse papel o lazer, mas a visitação deve ser mais restrita”, afirmou o subprefeito.
Atrações – Dentro da área estudada pela equipe técnica estão a trilha da Comunidade, que fica próxima à divisa de Mogi das Cruzes, onde há pequenas quedas d’água, e a do Parque das Águas, com cursos d’água e mirantes. Ambas já são visitadas por turistas e moradores de Paranapiacaba atualmente.
“A área do futuro parque faz divisa com o Parque Estadual da Serra do Mar, o que beneficia o ciclo de reprodução da fauna e flora. Se o parque fosse ilhado, entre áreas urbanas, quebraria esse ciclo”, disse Caetano.
Na área verde em estudo há também alguns pontos de difícil acesso na mata, que exigem maior preocupação com a preservação. “Um dos aspectos mais importantes é o fato de abrigar várias nascentes do rio Grande. Não podemos esquecer que a floresta está bem próxima de Itapanhau, uma das regiões com maior índice pluviométrico do país.” Na mata podem ser encontradas madeira-de-lei, ipês, cedros, jatobás, quaresmeiras e orquídeas e animais como jaguatiricas, macucos, onças pardas, porcos-do-mato e veados.
Segundo o subprefeito, uma das principais preocupações em transformar a área em parque é com a visitação, para que a preservação do meio ambiente não seja comprometida. “Não permitiremos que haja impacto ambiental como construções novas dentro da área. Reaproveitaremos as construções já existentes, como cabanas de madeiras”, disse.
O principal empecilho para a abertura do parque é a questão financeira. “Mas é possível fazer um remanejamento no orçamento. Pretendemos ainda recorrer a financiamentos federais, de fundos privados de ações ambientais e internacionais, caso o parque seja aprovado.”
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