O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou resolução apresentada pelos Estados Unidos que impõe sanções financeiras e de deslocamento a quatro altos funcionários sudaneses acusados de massacres em Darfur.

A resolução recebeu 12 votos a favor e três abstenções (China, Rússia e Qatar). Os três alegaram que as sanções podem afetar adversamente os diálogos de paz promovidos pela União Africana entre as partes em conflito em Abuja, Nigéria.

A resolução do Conselho, apresentada pelos Estados Unidos, foi apoiada por Argentina, Grã-Bretanha, Dinamarca, França, Japão, Peru e Eslováquia. Impõe o congelamento de bens e a proibição de viajar a um ex-comandante militar do governo, a um líder miliciano pró-Cartum, e a dois comandantes rebeldes de Darfur.

A votação do Conselho de Segurança foi realizada mais de um ano depois de ter autorizado sanções contra os responsáveis pelo derramamento de sangue em Darfur, onde rebeldes e milicianos árabes apoiados pelo governo estiveram combatendo desde fevereiro de 2003.

Washington qualificou de genocídio a violência nesta região do oeste do Sudão. O conflito deixou 300 mil mortos, vítimas da violência ou da doença, e mais de 2,4 milhões de refugiados.