Terragno acrescentou que isso deveria ter sido feito antes da desvalorizaçao do real, no ano passado, que produziu um forte desequilíbrio com a Argentina. Mas acrescentou que, de qualquer forma, ``tem que ser feito' agora. O chefe de gabinete falou sobre a necessidade de criar mecanismos comuns que ``nos assegurem tranqüilidade', e qualificou de ``trágica' a hipótese de Brasil e Argentina entrarem em uma ``guerra fiscal' em busca de investimentos estrangeiros. Ele acrescentou que nesse caso ``a política industrial da regiao passaria a ser ditada pelos investidores mais ousados'.
Apesar de tudo, Terragno declarou que ``a destruiçao do Mercosul seria ruim para todos, e por isso devemos procurar sem demora mecanismos que nos asseguram tranquilidade'. Ele cobrou dos líderes da oposiçao política que ``tenham cabeça fria, nao se deixem levar por impulsos, pela demagogia e nao façam declaraçoes bombásticas'.
Neste domingo, o presidente argentino, Fernando de la Rúa, disse que o Mercosul era um ``objetivo estratégico de desenvolvimento' e que o bloco econômico ``nao poderia ser deixado de lado de nenhuma maneira'. De la Rua foi mais além e acrescentou: ``o objetivo (da regiao) deve ser chegar a um acordo geral, mais profundo, uma espécie de Maastrich do Mercosul'.
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