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É dificíl fazer negócios no Brasil, aponta relatório do Banco Mundial
Por Da Agência Brasil
07/09/2006 | 16:40
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Um relatório do Banco Mundial e da International Finance Corporation apontou que o Brasil é um dos piores países no mundo para se fazer negócios. Segundo o estudo, o país ainda ocupa a 121ª colocação entre as 175 economias mundiais, embora tenha melhorado sua eficiência nos tribunais ao limitar recursos e simplificar a execução de julgamentos.

A classificação segue indicadores de tempo e de custo para atender às exigências do governo para abrir uma empresa, seu funcionamento, comércio, tributação e fechamento. Não são considerados aspectos como políticas macroeconômicas, qualidade de infra-estrutura, oscilação da moeda, percepções dos investidores ou índices de criminalidade.

Os países latino-americanos com classificação mais alta foram o Chile (28ª), o México (43ª) e o Uruguai (64ª). Venezuela (164ª), Haiti (139ª), Guiana (136ª) e Bolívia (131ª) têm os piores ambientes para negócio da região.

Segundo o levantamento, os maiores obstáculos na região são os tribunais morosos e os sistemas complexos e elevados de tributação. No Brasil, de acordo com o Banco Mundial, uma empresa pode chegar a pagar 72% sobre seus lucros em tributos e levar 2,6 mil horas por ano para atender às exigências. No topo do ranking mundial estão Cingapura, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá, Hong-Kong (China), Reino Unido, Dinamarca, Austrália, Noruega, Irlanda.

Mesmo longe do ambiente ideal, o relatório do Banco Mundial mostra que no período 2005-2006 ficou mais fácil fazer negócios na maioria dos países latino-americanos. Vinte e sete reformas reguladoras em 13 economias da região simplificaram os regulamentos comerciais, fortaleceram os direitos de propriedade, diminuíram os encargos tributários, aumentaram o acesso ao crédito e reduziram o custo de exportação e importação.

Três países latino-americanos ficaram na lista dos dez países do mundo que realizaram mais reformas para facilitar a execução de negócios – o México, em terceiro lugar, o Peru em quinto, e a Guatemala em oitavo. A Bolívia e a Venezuela, no entanto, resistiram à tendência regional e dificultaram os negócios.




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