Política Titulo Segundo turno
Com Atila, Mauá virou cidade sem lei, afirma Marcelo

Candidato do PT diz que município precisa de paz após série de escândalos envolvendo o socialista

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
26/11/2020 | 00:02
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Claudinei Plaza/DGABC


Prefeiturável do PT em Mauá, Marcelo Oliveira avalia que o governo de Atila Jacomussi (PSB), seu rival no segundo turno, transformou a cidade em “município sem lei”, e que somente sua vitória no domingo trará “paz para Mauá”.

Único vereador do PT na Câmara, Marcelo indica que diversos requerimentos cobrando explicações de movimentações suspeitas nem sequer são respondidos. Quando são, o retorno é vago e sem abordar o tema central da questão. Ele citou que buscou saber com qual recurso a Prefeitura tem recapeado ruas às portas da eleição, como o Paço distribui cestas básicas e para onde está indo a verba do TCU (Termo de Compensação Urbanística), pago por incorporadoras que constroem na cidade. Sem sucesso.

“No governo do Atila, Mauá virou uma cidade sem lei. Até porque, o prefeito não tem credibilidade alguma para determinar que alguém cumpra a lei, até por tudo que ele passou”, disparou o petista, em referência aos escândalos de corrupção que atingiram o governo socialista. Atila chegou a ir preso duas vezes em duas operações da PF (Polícia Federal) – a Prato Feito e a Trato Feito –, acusado de desvios de recursos da merenda escolar e de pagar mensalinho para boa parte dos vereadores. Atila também foi cassado pela Câmara. O socialista reverteu todas as punições na Justiça e nega com veemência as acusações. Mas ainda responde aos processos oriundos desses episódios.

“Mauá precisa de paz, até para que possamos fazer política para melhorar a qualidade de vida do povo. Para isso, é preciso paz. Ninguém mais aguenta a polícia na Prefeitura. Quando não é a Federal é o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público paulista), a Civil. Se não tiver paz, como faz? Quero conversar com todo mundo”, disse.

Marcelo garantiu que, se eleito, aproveitará quadros da cidade para compor o governo. A cidade é uma das três únicas da Região Metropolitana onde o PT ainda está na disputa eleitoral – as outras são Diadema, com José de Filippi Júnior (PT), e Guarulhos, com Elói Pietá (PT). “No primeiro governo do Oswaldo (Dias, PT, ex-prefeito), em 1997, como a gente nunca tinha governado antes, o Oswaldo conversou com figuras de fora para ter troca de experiência. Já no segundo, o governo foi formado por gente de Mauá. Falam isso para desgastar”, assegurou Marcelo. “E o Atila não pode falar muito. Primeiramente porque troca secretário direto. E porque há muita gente de longe de Mauá ali.”

O petista analisou que a eleição em Mauá se transformou em um embate entre os que querem a gestão de Atila e os que procuram nova fórmula de administração. E que essa polarização fez com que o antipetismo, sentimento que emergiu com força em 2016, ficasse fora da consciência do eleitor ao analisar o quadro na cidade. “O que vejo é que o debate está em torno da minha história e a do Atila. Escuto gente que votou no João (Veríssimo, PSD), no (Zé) Lourencini (PSDB), no Donisete (Braga, PDT), na Vanessa (Damo, MDB), na Amanda (Bispo, UP), no (André) Sapanos (Psol), e que diz que vai votar em mim. Até mesmo gente que se diz bolsonarista (em referência aos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro) que vai votar em mim. O que vai ser decisivo no domingo é saber se o povo quer este governo, que mais teve preso do que solto, ou um governo de fé e esperança.” 




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