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Israel retira-se de Tulkarem, mas deixa quatro mortos em Nablus
Das Agências
22/01/2002 | 09:25
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O Exército de Israel retirou-se na manhã desta terça-feira da cidade palestina de Tulkarem depois de 30 horas de ocupação e fez uma rápida incursão em Nablus (ambas no norte da Cisjordânia), onde deixou um balanço de quatro palestinos, membros do movimento islâmico Hamas, mortos.

Os tanques israelenses retiraram-se de Tulkarem e atacaram Nablus, em zona palestina, para depois retirar-se, segundo testemunhas palestinas.

Nove "suspeitos" palestinos foram detidos e quatro soldados ficaram levemente feridos, segundo um porta-voz militar, que afirmou que a "operação terminou de manhã".

Fontes médicas palestinas revelaram a identidade dos mortos. Trata-se de Nasim Abu Arus, Yussef Surakji, Jasem Samaru e Karim Masarji.

Os palestinos morreram em um tiroteio com os soldados que descobriram um laboratório clandestino de fabricação de explosivos, segundo um porta-voz militar israelense, afirmando que "os terroristas se preparavam para cometer atentados a curto prazo em território israelense".

O laboratório, que estava em uma casa de cinco andares em um bairro de Nablus, foi dinamitado pelos militares, segundo a rádio estatal.

Antes de retirar-se de Nablus, o Exército terminou sua operação em Tulkarem, que havia voltado a ocupar totalmente ontem, um fato sem precedente em uma cidade autônoma palestina desde que se estabeleceu o regime de autonomia palestina em 1994.

Na operação, morreram dois palestinos e ao menos dez foram feridos. Dezenas foram detidos, entre eles 11 de uma lista de palestinos procurados pelos serviços de segurança israelenses, segundo fontes militares.

A ocupação de Tulkarem fez parte das represálias ao atentado praticado no dia 17 de janeiro em Hedera, norte de Israel, quando morreram sete pessoas, incluindo seu autor, que, segundo o Exército, procedia de Tulkarem.

Por outra parte, o Exército israelense continua ocupando parcialmente Ramallah, onde os tanques estão a dezenas de metros das instalações do líder palestino Iasser Arafat, bloqueado nessa cidade autônoma desde o dia 3 de dezembro.




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