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Passo-a-passo: como se proteger de empresas picaretas usando a internet
Sérgio Vinícius
Do 33Giga
28/08/2020 | 07:48
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Há pelo menos 20 anos, dou dicas de como usar a internet para compras seguras, fazer transações minimizando os riscos, não cair em ciladas virtuais. E a regra número um é sempre a mesma: pesquisar muito antes de realizar qualquer ação.

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Por exemplo, se sua TV quebrou e você não tem uma empresa de confiança para enviá-la, o ideal é abrir o Google (ou seu buscador favorito) e iniciar a pesquisa. Buscar algo como “conserto” + “TV” +  nome da sua cidade ou bairro tende a funcionar.

Feito isso, aparecerão as opções mais próximas de onde você está. O passo seguinte, mais lógico, seria ligar ou mandar mensagem para algumas delas, esperar o retorno e negociar as condições. Até aí, OK.

Mas antes de fechar o serviço, o ideal é pesquisar a reputação daquela empresa em redes sociais diversas, no Reclame Aqui e mesmo no Google (que tem uma categoria que permite às pessoas informarem suas impressões sobre determinados prestadores de serviço).

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Para ficar mais claro, acho importante dar exemplos práticos. Por isso, vou voltar ou exemplo da TV quebrada. Supondo que você foi ao Google, fez uma pesquisa (abc tv conserto televisão) e encontrou uma companhia chamada ABC TV.

O próximo passo é entrar no site e ver as condições – página simpática, perto da sua casa, leva-e-traz sem custos. Aí, o ideal seria pesquisar sobre a empresa na internet. Com o nome em mãos (ABC TV), uma busca no Reclame Aqui pode ser o ponto de partida.

No exemplo, como se percebe, a companhia tem algumas reclamações e nunca retorna. A imagem abaixo mostra as ocorrências.

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Entretanto, pode ser que, mesmo ignorando o Reclame Aqui, ela seja uma boa companhia ou mesmo homônima. Então, que seja feita mais uma busca no Google, com mais impressões da tal ABC TV. Neste link, de acordo com sua localização ou histórico de buscas, pode aparecer um card do Google com o perfil da empresa e a opinião de clientes.

No exemplo, a avaliação (medida em quantidade de estrelinhas) não é das mais abonadoras. Mas é possível ver que há 99 comentários e, se clicar sobre eles, o interessado pode observar melhor quais os pontos positivos ou negativos da companhia – ainda no exemplo, ABC TV.

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Aí, é só ler as avaliações e chegar à conclusão se deve-se, ou não, enviar seu televisor para a companhia. No exemplo abaixo, um local guide do Google (pessoas comuns que costumam avaliar estabelecimentos com frequência e vão ganhando notas por isso) relata o problema que teve com a ABC TV.

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Em resumo, o ideal é repetir a pesquisa com o nome da empresa em diversos locais e analisar como é a visão da comunidade em relação à companhia.

(Se eu tivesse feito isso há algumas semanas, dificilmente teria entregue o televisor com defeito à ABC TV. E, assim, não o teria recebido de volta, depois de pagar uma fortuna, com o mesmo problema. Não teria o dissabor de ser praticamente ignorado ao reclamar do problema e não ter o dinheiro pago de volta.

Por fim, não teria que ouvir “o motorista está chegando” oito vezes, das 9h às 18h e, claro, ele nunca ter aparecido. O golpe do “qual o número do recibo mesmo?” também incomoda um pouco. Lembra o Chaves repetindo “O gato ou o Quico”, mas sem a graça do moleque mexicano.)

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No áudio do WhatsApp, a pergunta que não quer calar: qual é o recibo mesmo? O gato ou o Quico?

De volta às dicas práticas para não contratar empresas picaretas pela internet, a última dica de ouro é procurar em redes sociais (Twitter e Facebook principalmente) pelas impressões sobre determinada companhia.

O buscador de ambos os sites funciona bem, de certa forma, se complementam a respeito de reputação de companhias. No Twitter, basta digitar o nome e esperar o retorno. Aparecerão pessoas contando a respeito da experiência daquela empresa. No Facebook, o retorno normalmente será a página da própria companhia – e nela há um sistema de avaliação e comentários semelhante ao do Google. Basta acessar e analisar.

Webmotors e Mercado Livre
Há ainda alguns sites que funcionam como plataformas de e-commerce que ligam, diretamente, vendedores a compradores. Dois deles, que funcionam de forma excelente, são Webmotors (compra e venda de carros e motos) e Mercado Livre (transações de todas as espécies). Entretanto, por conta da sua popularidade (e por simplesmente conectarem dois extremos), eles atraem diversos tipos de golpistas.

Para evitar ser passado para trás no Webmotors, caso você vá comprar um carro, a primeira dica é simples: veja pessoalmente o veículo. Marque em algum lugar público (estacionamentos de shopping, por exemplo) e peça para analisar a documentação. Nunca, em hipótese alguma, envie dinheiro antes de ter certeza de que o carro existe, que está com a documentação em dia e que o modelo não tem problemas mecânicos (peça para irem ao seu mecânico de confiança, para uma análise). Exija também os laudos.

Já no Mercado Livre, as transações tendem a ter um final feliz se o vendedor tem boa reputação. Por isso, o primeiro passo antes de fechar negócio é analisar a ficha corrida de quem vende. Ela é marcada por sistema de estrelas e comentários, além de uma tabela na lateral direita da página – que fala sobre qualidade de entrega e atendimento.

Caso seja um vendedor novo e, por isso, com poucos ou nenhum comentário, o ideal é marcar pessoalmente para analisar o produto. Caso isso seja difícil (transações de cidades e estados diferentes), a melhor saída é optar pelos sistemas de pagamentos  seguros da plataforma (como Mercado Pago). Por meio dela, você somente libera o dinheiro após receber o que comprou.




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