Em mês de Copa do Mundo de Futebol não tem como fugir deste assunto. É só ligar a televisão e assistir aos telejornais que uma enxurrada de notícias ligadas ao mundo das quatro linhas nos atinge em cheio, desde o início da manhã até o fim da noite.

Mas para os homens, não é necessário esperar de quatro em quatro anos para discutir qual o melhor ponta esquerda brasileiro, a falta que Robinho fez quando ficou fora do jogo ou os desaforos que o técnico teceu a jornalistas. Todo dia é dia de falar de futebol.

Essa realidade foi constatada por recente pesquisa feita pela empresa de cervejas Heineken em 15 países. No total foram ouvidos 5.300 homens: 88% disseram que o assunto preferido é futebol. Em segundo lugar na preferência masculina ficou o assunto mulher, seguido por trabalho e dinheiro. "Futebol extrapolou a esfera do esporte, faz parte da vida do brasileiro como se fosse uma religião. É só ver como o brasileiro reage na Copa do Mundo, o país inteiro para. Em qual outra situação o País fica assim?", reflete o colunista de marketing esportivo do site Fanáticos por Futebol, Rafael Zenette.

Torcedor do Criciúma - porque nasceu em Florianópolis - e do Palmeiras em São Paulo, Rafael faz questão de deixar claro que o tema preferido quando os amigos vão tomar uma cervejinha no bar não impede também que eles falem de mulher com o mesmo entusiasmo do que de uma partida do Campeonato Brasileiro. "Vestiário masculino e bar têm dois assuntos preferidos: futebol e mulher, sem ordem", ressalta.

RUMO DA PROSA

Mas há também quem prefira conversar sobre outras coisas que não seja apenas o futebol. É o caso do editor de Esportes do Diário, Angelo Verotti. "Tento mudar o tema pelo fato de trabalhar diretamente com ele. Não dá para ‘levar serviço' para a hora da diversão", brinca, admitindo que vez por outra o assunto entra em discussão.

O fato é que, independentemente do que é falado, a ala masculina se diverte com pouco. Basta reunir os amigos, ter cerveja gelada e uma partida passando na televisão e está tudo certo. Os ingleses, por exemplo, os mais fanáticos segundo a pesquisa, chegam a conversar três horas e 21 minutos ininterruptos sobre futebol em reuniões desse tipo.