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Diretoria do Santos encara crise e dá apoio a Geninho
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
20/03/2001 | 00:02
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A bruxa voltou a dançar na Vila Belmiro. A humilhante goleada para o Corinthians, domingo, contribuiu para tumultuar o ambiente. Além do desastre no clássico, a perda de Robert e as vaias dos torcedores infernizaram ainda mais a cabeça de Geninho. Apesar de tudo, o técnico procurava transmitir naturalidade depois de uma reunião entre ele e os dirigentes. O treinador pretendia comandar uma palestra, mas, como Galván precisou resolver problemas na Argentina, o encontro ficou para hoje. “Os erros chegaram ao máximo dos limites que poderíamos admitir”, comentou.

Pelas suas observações, o maior problema que o time enfrenta é que os zagueiros e os volantes estão indo muito ao ataque, deixando a defesa desguarnecida. Isso tem permitido os contra-ataques do adversário, lances que têm sido fatais para os santistas. “Eles têm de saber quando sair e quem fica na cobertura do setor. Não podem sair todos ao mesmo tempo. Perdemos para nós mesmos”, analisou, ao se referir ao posicionamento errado em alguns jogos, inclusive contra o Corinthians.

Por conta da situação delicada em que o time se encontra no Campeonato Paulista, Geninho vai tomar uma precaução especial na partida de amanhã, contra o Anapolina, na Vila Belmiro, válida pela Copa do Brasil. “Não podemos negar que jogaremos pelo resultado”, avisou. Isso significa que ele vai montar a equipe para garantir a vaga na próxima fase do torneio, o que ocorrerá mesmo num eventual derrota por 1 a 0. “Não adianta montar um time ofensivo para agradar a torcida e levar um gol logo no início e não ter como se recuperar”, alerta. “É claro que vamos a campo para ganhar, como sempre, mas o objetivo principal é a classificação para a próxima fase”, alerta.

Com as três derrotas consecutivas, Geninho admite que a situação do time ficou bastante complicada no Campeonato Paulista, mas acredita que as chances de classificação ainda são boas. “O jogo contra a Ponte Preta será muito importante e o Santos precisa sair de Campinas com pelo menos dois pontos”, afirmou.

As vaias da torcida domingo chatearam Geninho, mas segunda, depois de receber apoio da diretoria, ele se mostrava bem mais tranqüilo. Realista, ele admite que a permanência no cargo depende dos próximos resultados. No entanto, prefere não reaquecer a polêmica. “É natural que as derrotas tragam conseqüências ruins, mas não podemos nos desastabilizar numa hora dessas”, disse Geninho, que vai tirar a limpo a agressão de Galván em Caio no jogo de domingo. O argentino acertou uma cabeçada no companheiro, que reclamou dos desacertos da zaga.




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