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China exige que Taiwan reconheça que faz parte do país
Por Do Diário do Grande ABC
20/03/2000 | 14:45
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Apesar das palavras conciliadoras do presidente eleito de Taiwan, o presidente chinês Jiang Zemin exigiu nesta segunda-feira que a ilha reconheça que faz parte da China, como requisito para qualquer negociaçao.

Em seu primeiro comentário público desde a eleiçao de Chen Shu-bian no sábado, Jiang disse que este poderia ir à China para conversar e que 'nós (os chineses) também poderíamos ir a Formosa``, informou a agência de notícias estatal Nova China. No entanto, Jiang disse que 'as negociaçoes no estreito de Formosa deveriam ter uma base, ou seja, que deve reconhecer primeiro o princípio de uma só China``.

'Com base nesta condiçao, todo o resto pode ser discutido``, disse Jiang, durante uma reuniao com o presidente do Congo, Denis Sassau-nguesso. Os comentários de Jiang, que reiteram a permanente exigência da China, poderiam reduzir as perspectivas de uma rápida retomada de conversaçoes entre a China e a ilha.

Para as conversaçoes com base no princípio de uma só China, Formosa teria que reconhecer, primeiro, o princípio de que a ilha e a China continental sao partes inseparáveis de uma só naçao. Embora Chen tenha dito que está disposto a conversar com o governo de Pequim a respeito, nao aceita o princípio de uma só China e se nega a aceitar que este seja requisito prévio para as conversaçoes.

Chen disse nesta segunda-feira, que Formosa poderia debater qualquer tema com a China, mas somente se as duas partes se tratarem mutuamente como iguais e 'sempre e quando o tópico de uma só China nao for considerado um tema nem um princípio``.

O governo de Pequim desconfia de Chen porque seu partido favorece a idéia de se declarar Formosa formalmente independente da China. Pequim ameaçou lançar mao de uma guerra se Formosa declarar sua independência ou se resistir por tempo indeterminado às conversaçoes de reunificaçao. Ambas as partes se separaram em meio de uma guerra civil em 1949. O governo de Pequim diz que devem se reunificar em algum momento, nem que seja por meio da força.




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