``Se vier o pai, ele tem que estar preparado para que todos os problemas sejam solucionados num local adequado', declarou Kendall Coffey, que representa Lázaro González, o tio-avô de Elián, que tem a custódia transitória do menino. ``Existem algumas perguntas sérias' que têm que ser contestadas antes que Elián seja entregue a seu pai, declarou Coffey.

O advogado disse, também, que a família respeitará suas declaraçoes anteriores, quando afirmou que Elián será devolvido a seu pai se ele viajar a Miami para buscá-lo. ``Nao darao um passo para trás. Sempre mantiveram a posiçao de proteger o menino e fazer o melhor por ele. Sempre quiseram que seu pai o visitasse', declarou.

Na última sexta-feira, o advogado havia acusado Juan Miguel González de ter causado danos psicológicos a seu filho. Segundo ele, o pai teria dito ao menino por telefone: ``Diga a todo mundo que você quer voltar a Cuba. Tua mae te espera aqui em Cuba'. Mas a mae de Elián morreu, com outros dez cubanos, inclusive o padrasto dele, no naufrágio de 25 de novembro de 1999, quando tentava entrar ilegalmente nos EUA.

Os familiares do menino, tentam como última cartada a acusaçao de que González é incapacitado para cuidar da criança de seis anos.

Os argumentos dos familiares sao apoiados por alguns congressistas que querem que Elián permaneça nos Estados Unidos, e surgem no momento em que o Departamento de Justiça americano pressiona os parentes a assinarem um documento para entregar a criança se perderem o caso nos tribunais.

A Casa Branca respondeu que nao existe qualquer prova contra o pai de Elián.