O presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro, e seu vice, general Hamilton Mourão, assinaram nesta tarde (1º), em sessão extraordinária realizada no Congresso Nacional, em Brasília, o termo de posse para o mandato de 2019 a 2022. "Estou casando com vocês", brincou o 38º presidente enquanto assinava o termo com parlamentares presentes, que o ovacionaram.

Em seu discurso, Bolsonaro começou agradecendo por estar vivo (após o atentado que sofreu durante a campanha em Minas Gerais) e afirma ser uma honra voltar à Casa (Congresso) não mais como deputado - cargo que ocupou por 28 anos - mas como presidente do País. "Travei grandes embates e ganhei experiência. Estou aqui pela vontade do povo brasileiro. Agradeço a todo que deram a mim a honra de governar o Brasil."

Bolsonaro "convocou" cada um dos congressistas para "reerguer" a Pátria. "Temos a oportunidade única de reconstruir nosso País. Estou certo de que enfrentaremos desafios, mas se ouvirmos a voz do povo, vamos conseguir." Entre outras promessas, disse que vai unir o povo, além de respeitar a família, as religiões e a tradição judaico-cristã. 

Na ocasião, Bolsonaro retomou lemas fortes de sua campanha e defendeu que o País "volte a ser livre das amarras ideológicas", criticou o que chamou de "irresponsabilidade econômica" e prometeu combater a ideologia de gênero. 

O presidente também citou os trabalhos dos policiais e das forças armadas, e falou sobre Economia. "O governo não gastará mais do que arrecada. As regras, contratos e propriedades serão respeitadas. Vamos proteger e revigorar a democracia brasileira."

Participaram da cerimônia o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli.

Vaias

Populares que acompanham a posse de Bolsonaro do lado de fora do Congresso receberam com vaias à apresentação dos componentes da mesa da cerimônia Rodrigo Maia; Eunício Oliveira (MDB-CE), presidente do Senado; e Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, foi, entretando, aplaudida.

Ainda do lado de fora, apoiadores do presidente disputaram os melhores ângulos para registrar, por celular, chegada do novo presidente ao Congresso. A segurança está reforçada. Atiradores de elite foram colocados sobre o Palácio do Itamaraty e em outros órgãos públicos de Brasília, no forte esquema de segurança, qualificado como o maior da história do País.