Casa do Vaticano não tem textos, nem anúncios e cada edição é formatada por uma agência de propaganda. Dessa vez, a responsabilidade ficou com a F/Nazca S&S, com direção de arte de Renato Amoroso.

   O projeto de Casa do Vaticano é encabeçado por Luiz Carlos Burti, presidente do grupo Burti. Entre suas outras realizações estão os tradicionais, bem acabados, premiados e cobiçados Calendários Burti.

   No primeiro exemplar, Casa do Vaticano teve fotografias de caráter totalmente autoral. A partir do segundo número, entrou em ritmo de trabalhar temáticas. O tema, desta vez, é a mentira.

   "Cada edição tem uma cara. Sempre mudamos o papel e a impressão. Mas o formato é sempre o mesmo (24cm x 30cm). Casa do Vaticano é voltada para composições em linguagem fotográfica, as quais são trabalhadas na revista por agências de propaganda de alto nível. Elas têm total liberdade para a criação", diz Burti.

   "A revista não é comercial. A tiragem (2,5 mil exemplares) é voltada para profissionais de fotografia e de propaganda. O custo de Casa do Vaticano entra na verba destinada à propaganda da Gráfica Burti", afirma Burti.

   "Pensei na mentira porque é um tema universal. A temática proporcionou trabalhos mais interpretativos, e não figurativos. E não tem imagens feitas só por fotógrafos: hoje todo mundo é meio multimídia. Como as edições anteriores da Casa já foram ótimas, porém voltadas exclusivamente a fotógrafos, pensei em dar uma contribuição e uma idéia a mais para a revista", diz Amoroso.

   O tema mentira foi trabalhado de variadas formas. De uma imagem de cera de Pelé, captada pelo fotógrafo inglês Rankin, a motoboys retratados na posição de top models, na foto de Murillo Meirelles, por exemplo. Um dos destaques é uma fotografia inédita assinada por Vik Muniz, um dos artistas plásticos brasileiros mais conceituados no circuito mundial das artes visuais.

   Cristiano Mascaro, Fernando Laszlo, Penna Prearo e Arnaldo Antunes são outros que assinam ensaios para esta Casa do Vaticano.