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Os Leardini centenários em Mauá
Por Ademir Medici
24/04/2018 | 07:00
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A família Leardini celebra o centenário da chegada em Mauá dos seus patriarcas, Humberto Primo Leardini e Genoveva Baradel Leardini. Foi em 1918 que o casal chegou. Mauá era ainda Pilar, e os Leardini construiriam uma história que prossegue até os dias atuais. Linda história.

Quem nos dá a notícia é Luiz Viola, em nome da sua mãe, Dona Neyde Leardini Viola, irmã da dona Carolina Leardini Rimazza, integrante eterna da Comissão Memória de Mauá, que deu à cidade dois livros hoje clássicos e que contam a história da cidade e da Associação Atlética Industrial, clube também prestes a alcançar o centenário.


EC CERÂMICA

De Mauá, o Esporte Clube Cerâmica, cujo campo de futebol, quase na entrada do Jardim Zaíra, marcou época.

O clube representava a Indústria Cerqueira Leite, mais conhecida como Cerâmica Cerqueira Leite, que fabricava isoladores de porcelana, um produto utilizado pelas fornecedoras de energia elétrica na época da ‘Light and Power’, hoje a estatal Eletropaulo

Quem nos repassa essas notícias é o advogado João Sérgio Rimazza, ex-vereador, ex-presidente da Câmara Municipal de Mauá e filho da saudosa e querida dona Carolina, tia do Luiz Viola.

Em amável carta enviada com a foto pelo correio, Rimazza conta mais:

Vicente Loro, o Bugrão da foto, foi zagueiro central do time do Juá, como era conhecido o time da Cerâmica João Jorge Figueiredo.

O Juá jogava num campo de futebol absorvido pela unidade Sesi do Jardim Zaíra.

Bugrão jogou também no Independente FC e na Pigmentos. Estes clubes disputavam campeonato de indústrias do Estado.

Vicente Benedetti, Américo Benedetti e Pedro Benedetti, os três em pé na foto, eram irmãos.</CW>

Pedro Benedetti dá o nome ao estádio municipal de Mauá.

Diário há 30 anos

Domingo, 24 de abril de 1988 – ano 30, edição 6735

Manchete – Preparada defesa da imagem do presidente Sarney

Especial – Violência é cada vez maior nas ruas; a sociedade do futuro, celerada e bandida; meio de combates é policiamento ostensivo; homem, entre 18 e 30 anos, a vítima padrão. Reportagem: Rafael Guelta e Walter Venturini.

Ribeirão Pires – Transtornos enormes são provocados pela interdição da Avenida Kaethe Richers, para duplicação das pistas.

Memória – Casa histórica na Avenida Tibiriçá, em Ribeirão Pires.

Hoje

Dia do Boi

Dia Internacional do Jovem Trabalhador

Dia do Operador de Triagem e Transbordo

Em 24 de abril de...

1918 – O Serviço Meteorológico do Estado divulga o balanço da ocorrência de chuvas em março nas várias cidades paulistas. Havia um único posto de medição na região. Ficava em Paranapiacaba. Naquele mês choveu durante 17 dias no local, o equivalente a 215,9 milímetros.

A guerra. Do noticiário do Estadão: o ataque a Ostende e Zeebrugge, na Bélgica, pela esquadra inglesa.

1963 – Realiza-se, em Santo André, no campo do Corinthians, o primeiro jogo internacional da cidade: Seleção de Santo André 3, Seleção Olímpica dos Estados Unidos 2. 

Os Estados Unidos participavam dos Jogos Pan-Americanos, em São Paulo, e não fizeram maiores exigências à Liga Santoandreense de Futebol para o amistoso, assistido por 4.000 pessoas. 

Fonte: Paschoalino Assumpção, História do Futebol em Santo André, 1991.

1973 – Manchete do Diário: ‘Meningite ataca mais outro colegial’. 

Nota – O surto da meningite era geral. Alcançava o Grande ABC. O governo tentava esconder. A imprensa ia atrás da notícia. O Diário empenhou-se em revelar o grave problema de Saúde pública. E o resultado seria uma grande campanha de vacinação pelo Brasil afora.

A fauna do Grande ABC

Urutau ou Mãe da Lua

Um pássaro diferenciado. E noturno. Ele se alimenta exclusivamente de insetos alados capturados em voo. Frequenta poleiros próximos a postes de iluminação – mariposas ou besouros rodeando a luz tornam-se presas fáceis.

O canto de um urutau é referência de assombração. Canto assobiado, com notas descendentes, tristes, melancólicas.

Esse canto causa medo às pessoas, especialmente nas noites de Lua Cheia.

O nome urutau é tupi e significa ‘ave fantasma’. Há uma crença na Amazônia de que as penas da cauda do urutau protegeriam a castidade. Então, as mães varrem debaixo das redes das meninas com uma vassoura confeccionada com as penas da ave.

Durante o dia o urutau se mantém imóvel. É ele se disfarçando, como se fosse um galho de árvore. Essa é sua defesa.

Curioso que nas suas pálpebras a ave tem fendas por meio das quais ela consegue enxergar tudo o que acontece de dia. E que não deixam a claridade afetar os seus olhos sensíveis para a noite.


Pesquisa, texto e foto: Claudinei Correia de Mello, biólogo




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