Sem consenso em torno do valor da dívida que a Prefeitura de Mauá tem com a FUABC (Fundação do ABC), o governo do prefeito Atila Jacomussi (PSB) decidiu prorrogar por mais três meses o contrato com a entidade. É a segunda vez que o acordo é estendido temporariamente.

Ontem, após participar da reunião mensal de prefeitos no Consórcio Intermunicipal, Atila confirmou a prorrogação, mas evitou dar detalhes da negociação. “Estão sendo feitos novos estudos com toda a equipe técnica da FUABC e também da Secretaria de Saúde”, sintetizou o socialista.

O contrato com a FUABC que estava vigente desde 2015, na gestão Donisete Braga (PT), venceu no fim de fevereiro. Como sinalização que há interesse do núcleo duro do Paço mauaense de renovar a parceria com a FUABC para a gerência dos equipamentos de Saúde do município, o governo Atila decidiu prorrogar por mais um mês esse acordo. A extensão do contrato expirou na semana passada.

Com a nova prorrogação temporária, a Fundação seguirá atuando em Mauá até o fim de junho. “O prazo foi solicitado pelo novo secretário de Saúde de Mauá (Ricardo Burdelis) e será utilizado justamente para tratativas finais sobre o novo plano de trabalho para a gestão do Cosam (Complexo de Saúde de Mauá)”, alegou a FUABC.

Enquanto a entidade fala em débitos que giram em torno de R$ 123 milhões por serviços prestados pela FUABC e supostamente não pagos pelo município, o próprio prefeito alega que esse valor seria entre R$ 35 milhões e R$ 39 milhões. O Diário apurou que ainda há divergências nas negociações e que FUABC e Paço de Mauá estão longe de falarem a mesma língua. Neste ínterim, a administração Atila segue credenciando novas OSSs (Organizações Sociais de Saúde).