O projeto terá a denominação de Agricultura Urbana e deverá seguir ainda nesta semana para a Câmara para aprovação, segundo informou o coordenador de Segurança Alimentar e Nutricional, Jesus Carlos Delgado Garcia.
A intenção da Prefeitura é fazer acordo com os proprietários e ceder os terrenos para pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar. A administração ainda não tem estimativa de quanto vai deixar de arrecadar de IPTU caso o programa seja aprovado pela Câmara e colocado em prática já no ano que vem.
Nos terrenos ociosos, as pessoas poderão fazer hortas e depois vender os produtos direto ao consumidor. “A idéia é gerar renda. A agricultura urbana tem uma série de benefícios. Além de gerar emprego e renda, diminui o lixo acumulado em terrenos vazios, a cidade ganha mais segurança porque os terrenos serão cercados e ainda fornecerão produtos frescos para o consumidor. Como sai direto da horta, vai ser mais barato”, avalia Jesus.
A administração do prefeito João Avamileno (PT) pretende ainda dar cursos sobre o cultivo de hortaliças, além de monitorar a qualidade do que será comercializado.
Quem ceder a área terá alíquota menor de IPTU. “O desconto será dado de acordo com as condições técnicas da área. A redução do imposto dependerá da localização e tipo do local. Tem terreno, por exemplo, que tem grande inclinação, o que dificulta o trabalho. Os donos de terrenos terão desconto em média de 40%”, afirma Jesus.
Como garantia do acordo, Prefeitura e beneficiário assinarão termo de comodato que será registrado em cartório. O contrato será de quatro ou cinco anos, podendo ser renovável. No entanto, se o proprietário do terreno quiser romper, terá de avisar com antecedência para que não haja prejuízos com a colheita.
A Prefeitura também negocia com a Eletropaulo algumas áreas da empresa que podem ser cedidas para o projeto. Algumas, aliás, já são usadas para a produção de hortaliças, mas não envolve acordo com a administração municipal.
Madeira – Outro projeto a ser implementado é o Madeira Viva. A idéia é buscar parceria com empresas para aproveitar descarte de madeiras a serem utilizadas em uma marcenaria que funcionará também como escola. Os produtos – carteiras escolares, por exemplo – serão comercializados pelos alunos e os recursos, revertidos em bolsa para eles.
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