Cinco ladrões invadiram nesta terça uma residência de classe média no Jardim Silvina, em São Bernardo, e mantiveram a família presa no banheiro por 20 minutos, enquanto saqueavam os pertences da casa, R$ 600 em jóias e R$ 350 em dinheiro. Vizinhos perceberam a ação dos criminosos e chamaram a Polícia Militar. Quando a PM tentava entrar na casa, um assaltante disparou contra um policial, sem acertar. Dos cinco jovens presos, quatro têm antecedentes criminais. A polícia suspeita que o mesmo bando roubava casas no Jardim Palermo.

No começo da tarde, a quadrilha rendeu o proprietário da casa, um aposentado, que lavava a calçada com uma fresta do portão da frente aberta. Ele foi levado para dentro do sobrado em que vive com mulher e uma filha jovem. Todos foram trancados no banheiro pelos assaltantes, que, segundo as vítimas, carregavam pelo menos duas armas.

Os ladrões abriram o carro do aposentado, um Gol cinza. Colocaram no veículo o que encontraram dentro da residência: jóias, dinheiro, microondas, aparelho de som, TV, violão, roupas, ventilador, cobertor etc. Pretendiam fugir com o carro da família. A Polícia Militar chegou e encontrou dois homens dentro do Gol, com os objetos das vítimas. Prenderam os dois e seguiram à procura dos outros, que ainda estavam dentro do sobrado, que estava todo fechado.

Quando o soldado Clodoaldo Vilela Santos abriu o portão da casa, foi recebido com um tiro. Ele pulou e torceu o pé, mas não foi atingido. Os ladrões pularam o muro da casa e invadiram a residência vizinha. “Achei que eram criançaas pulando o muro. Pediram para que eu os ajudasse a fugir da polícia”, disse o vizinho, um autônomo de 31 anos, pai de dois meninos que estavam na casa. Os criminosos se esconderam no banheiro, local em que foram presos.

Os acusados presos são Francisco Laurentino, Sérgio Alcides Correia, Alex Luiz dos Santos, Roberto Souza de Castro e Magno Augusto dos Santos. Francisco disse à reportagem que não roubou as casas e que foi detido na rua. Os outros preferiram não fazer declarações. Apenas Magno não tem antecedentes criminais. Os outros têm passagem por roubo, formação de quadrilha e receptação.