Economia Titulo Sustentável
Empresa de entregas de bike se instala em Sto.André

Serviço feito por ciclistas custa até 30% menos do que por motoqueiros; há vagas em aberto

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
08/09/2017 | 07:27
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Divulgação


Muitos profissionais sonham em transformar uma paixão em negócio rentável. E alguns conseguem tal proeza. É o caso de André Biselli e Victor Castello Branco, que atuavam com Direito e no mercado financeiro, respectivamente, e não abriam mão da bicicleta para ir e voltar do trabalho.

“Cinco anos atrás tive problema com o motoboy no banco em que trabalhava, e me prontifiquei a entregar um documento na minha bicicleta. Foi quando tive o estalo de que aquele poderia ser um serviço sustentável e mais econômico às empresas”, conta Castello Branco.

De lá para cá, ele e o sócio lançaram a Courrieros, sediada na Capital, e quase a quebraram por começar focando apenas na entrega de documentos e serviços em cartório. Foi quando passaram a atender também clientes de e-commerce (hoje responsável por 55% da receita) e restaurantes (35%). Abriram unidade no Rio de Janeiro em 2015 e alcançaram, no ano passado, faturamento de R$ 2 milhões e 120 funcionários.

Recentemente os empresários se atentaram ao potencial do Grande ABC, segundo Castello Branco, a pedido de cliente do ramo de vestuário que alegou ter forte demanda para entregas na região, além de estrutura de ciclofaixas.

Com investimento de R$ 70 mil, escolheram galpão em Santo André e possuem cinco vagas abertas para iniciar as atividades no dia 18 – a ideia é começar com dez pessoas e, em um ano, contratar 60. Os profissionais que realizarão a entrega devem ter “experiência em pedal urbano”. Os salários giram em torno de R$ 1.500, mas podem chegar a R$ 2.000 conforme bonificação decorrente de bom atendimento, qualificado pelo cliente no momento em que recebe sua mercadoria. Interessados podem enviar o currículo para rh@courrieros.com.br.

“A base de Santo André irá atender as cidades de São Bernardo, São Caetano, Mauá e a Zona Leste de São Paulo”, diz Castello Branco. “Vamos oferecer três tipos de serviço. Para entrega de e-commerce, o ciclista sairá da própria base. Para restaurantes, o profissional ficará no estabelecimento, que irá pagar por hora. E, para entregas expressas, ele sairá de pontos de apoio nas cidades atendidas, por isso teremos de contratar pessoas em todas as localidades.”

O empresário defende que para atendimentos em raio inferior a cinco quilômetros, o serviço custa em média 30% mais barato do que o de uma motoentrega, e sai entre R$ 15 e R$ 17. “Essa diferença impacta no preço do frete e retém mais o cliente. Que também amplia seu interesse quando consome de empresa sustentável, já que o serviço não polui. Além disso, o tempo para a entrega é praticamente o mesmo. Diferentemente de distâncias mais longas, acima de dez quilômetros, em que fica mais caro e o tempo é maior.”

Castello Branco conta que as entregas e avaliações são controladas por aplicativo, a fim de evitar o uso de papel. No portfolio da Courrieros estão nomes como Nestlé, Google, Netshoes, Nespresso, Walmart.com, Magazine Luiza, The Fifties e Giuliana Flores. A projeção é abrir outras duas bases na Capital até dezembro e encerrar o ano com faturamento de R$ 3,5 milhões. Em 2018, a base andreense deverá gerar receita de R$ 1 milhão. 




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