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Preço do álcool nas usinas cai de novo
Por Daniel Trielli
Do Diário do Grande ABC
12/04/2008 | 07:20
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O preço do litro do álcool no produtor, medido semanalmente pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), manteve a rota de queda. No último levantamento nas usinas paulistas – dos dias 7 a 11 –, o combustível hidratado (com adição de água, para abastecimento direto) teve redução de 3,07%, a terceira semana seguida de barateamento.

Nesta semana, o preço médio das usinas foi de R$ 0,6992 por litro. Além de ser um valor cerca de R$ 0,02 inferior ao registrado no levantamento anterior, também representa uma redução de 5,13% (ou cerca de R$ 0,04) desde o começo do ano e de 25,85% (ou R$ 0,24) ante o mesmo período do ano passado.

Quanto ao anidro (comercializado puro, para ser misturado à gasolina em proporção de 25%), o preço médio registrado pelo Cepea nesta semana foi R$ 0,7791, valor 3,54% (ou R$ 0,03) inferior ao levantamento anterior. Isso representa uma redução de 27,24% (ou aproximadamente R$ 0,29) ante a segunda semana de abril de 2007.

Consumo - O valor atraente do derivado de cana-de-açúcar, aliás, foi um dos fatores que fez com que o consumo de álcool (hidratado e anidro) tenha ultrapassado o da gasolina no Brasil em fevereiro – fato que não acontecia desde o final da década de 1980, quando o ProÁlcool estava em plena forma.

Isso e a explosão dos carros bicombustíveis fez com que fossem consumidos 1,432 bilhão de litros de álcool no mês retrasado, contra 1,411 bilhão da gasolina, uma diferença de 21 milhões de litros. As informações foram divulgadas pelo superintendente de abastecimento da ANP, Edson Silva, para quem essa superação do álcool “veio para ficar”.

Na quarta-feira, no entanto, o presidente da BR Distribuidora (da Petrobras), José Eduardo Dutra, disse que o aumento de consumo de álcool traz problemas para a estatal. “Hoje somos auto-suficientes em gasolina e, com o decréscimo desse mercado, a Petrobras terá de exportar o excedente.”



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