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Alckmin: caso Celso Daniel deve ser novamente investigado
Do Diário do Grande ABC
Com AE
07/12/2003 | 20:15
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O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse neste domingo que considera importante que se investigue o caso do assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel, ocorrido em janeiro de 2002, até para “esclarecer” se houve falha no processo ou não. Na última sexta-feira, o MPE (Ministério Público Estadual) denunciou o empresário Sérgio Gomes da Silva como mandante do crime. A decisão contraria as conclusões das polícias Civil e Federal, que em seus inquéritos concluíram que Celso Daniel foi vítima de um crime comum. “É bom para que não se tenha dúvidas. É oportuna para se aprofundar a investigação.” Ele acrescentou que não sabe se o Ministério Público terá provas que elucidem o caso e acredita que é isso que a investigação vai mostrar.

Sobre as informações de que o PT poderia estar dificultando o trabalho da apuração do caso, ele disse “não ter dados sobre isso”, mas acredita que a polícia não deixaria de investigar por causa do PT. Ele disse também que respeita as críticas da família do prefeito sobre falhas e omissão da polícia, mas considera precipitado o julgamento de valor neste momento. “O importante é que se chegue à verdade e à justiça. Vamos trabalhar para que isto aconteça.”

Alckmin participou neste domingo pela manhã de uma caminhada no Parque Villa-Lobos, na zona Oeste da capital, organizada pela Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer e pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa Olística em Medicina.

Denúncia – A próxima fase do processo sobre a morte do prefeito Celso Daniel é o recebimento da denúncia. O juiz da 1ª Vara de Justiça de Itapecerica da Serra vai analisar a peça acusatória e se manifestar. O juiz pode acolher ou rejeitar a denúncia contra Sérgio Gomes da Silva. O processo corre em Itapecerica porque o corpo foi encontrado em Juquitibia, que pertence àquela comarca.

Nessa fase, o juiz verifica as provas. Caso ele acolha, o processo vai para a competência do júri, ocorrendo todo um rito que culminará com o julgamento em plenário. O empresário pode ser julgado pelo Tribunal do Júri. Serão sete jurados, que ouvirão o advogado de defesa e a acusação. Esse procedimento deve se estender por um ou dois anos.

Lisura – Um dos promotores do Gaerco (Grupo de Atuação Regional Especial para Prevenção e Repressão do Crime Organizado) de Santo André, Roberto Wider Filho defendeu o Ministério Público da acusação feita anteontem pelo empresário Gomes da Silva, que acusou o MP de ter jogado sua vida na lata de lixo.

“Nós simplesmente oferecemos uma denúncia contra o Sérgio pelas provas de sua participação no crime.” Sobre as críticas à coesão do processo, que seria uma “colcha de retalhos”, segundo Gomes da Silva, Wider Filho respondeu que “ele e seu advogado foram tratados com toda a lisura, e receberam o processo um mês antes da data do depoimento; o Sérgio poderia ter questionado o processo, mas preferiu exercer o direito dele de permanecer calado”.




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