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Colecionar brinquedo é passatempo de adulto
Sucena Shkrada Resk
Do Diário do Grande ABC
06/04/2002 | 16:58
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Compulsão, uma saída para o estresse ou meio de investimento. Com todas essas motivações ou parte delas, marmanjões transformam-se em colecionadores de objetos de desejo do universo infantil: os brinquedos. A reportagem do Diário foi conferir alguns acervos de moradores do Grande ABC e descobrir o que motiva a aquisição de centenas de peças dos mais variados estilos, que vão de pequenos bichos de pelúcia a aeronaves espaciais.

A história do morador do bairro Valparaíso, em Santo André, Sandro Augusto Fernandes, 24 anos, começou quando ele saiu de casa para ir a uma padaria, há três anos. "Eu me deparei com interessantes máquinas de pescar bichinhos de pelúcia, que me atraíram a atenção. Daí não consegui parar mais", contou. Da primeira investida até a semana passada, Fernandes já acumulou 140 bichinhos, de dragões ao popular cãozinho Snoopy.

A vontade de reunir peças, que marcaram sua infância, fez com que o empresário João Carlos Brasiliense, 34 anos, tivesse sua primeira experiência de colecionador há 15 anos. "Iniciei com um kit de montar. Depois, o prazer de adquirir peças com valor histórico fez com que eu colecionasse mais de 140 bonecos Falcons (desde a década de 50), de origens brasileira, norte-americana e inglesa; dezenas de miniaturas de trens e miniaturas de robôs (da série de TV Perdidos no Espaço)". São aproximadamente 300 itens, dispostos de uma forma ordenada em uma sala, que reservou em sua casa, no bairro Campestre, em Santo André. O hobby tornou-se um investimento. Brasiliense é freqüentador assíduo de sites de leilões.

O objeto de desejo do caminhoneiro Aparecido Rossaneli, 39 anos, de São Bernardo, é, nada mais nada menos que miniaturas de caminhões. A coleção começou há 25 anos e conta hoje com 127 unidades de modelos nacionais. O mais antigo é um Scania de 1962. "Eu me identifico com cada um deles porque tem a ver com o meu meio de trabalho. Gosto de fazer adaptações, para que pareçam o mais fielmente possível com os originais que rodam nas estradas", disse.

Só no ano passado, Rossaneli adquiriu 30 exemplares. "Quando estou viajando, presto atenção nos modelos que circulam e tento comprar suas cópias. Quando ia completar meu centésimo caminhão, por exemplo, escrevi uma carta para a Scania, e consegui um modelo direto da montadora. Ele se tornou especial para mim."




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