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Washington Olivetto é libertado em São Paulo
Por Do Diário OnLine
03/02/2002 | 15:31
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O publicitário Washington Olivetto, 50 anos, dono da agência W/Brasil, foi libertado de um seqüestro de 53 dias por volta das 22h30 deste sábado. Ele foi encontrado pela polícia em uma casa na rua Kansas, no Brooklin, zona Sul da capital paulista, sozinho em um sobrado que era usado como cativeiro. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, uma vizinha da casa ligou para o 190 da Polícia Militar ao ouvir os gritos de socorro do publicitário.

De acordo com policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e Deas (Delegacia Especial Anti-sequestro), Olivetto foi libertado sem o pagamento de resgate, mas a família já estava se preparando para fazê-lo. Os parentes tinham publicado no sábado um anúncio em um jornal carioca sobre a compra de carro, que era a senha para o pagamento: "Pago bem, acredite, negócio supersigiloso, vamos ao local e pagamos em dinheiro."

Olivetto foi encontrado em um quarto de 1,5 m por 2,5 m, sem janelas e com um sistema de ventilação artificial. A casa era vigiada por câmeras 24 horas. Após ser libertado, o publicitário foi levado para um hospital da capital e, depois, seguiu para sua casa, onde chegou por volta de 0h30.

Segundo a polícia, ele passa bem mas está debilitado, com barba e com os cabelos compridos. O publicitário deve conceder uma entrevista coletiva nesta segunda-feira. Os médicos recomendaram um repouso mínimo de 48 horas.

Olivetto foi seqüestrado no dia 11 de dezembro, numa falsa blitz no bairro Higienópolis. Homens com coletes da Polícia Federal pararam seu carro, blindado, próximo às avenidas Paulista e Angélica, e em seguida o levaram.

O Diário OnLine não divulgou notícias a respeito do seqüestro do publicitário a pedido da família.

Quadrilha estrangeira - Olivetto foi encontrado após a prisão, na noite de sexta-feira, de quatro homens e duas mulheres chilenos, com passaportes argentinos falsificados, em uma chácara de alto padrão em Serra Negra, a 150 quilômetros de São Paulo. Eles confessaram participação no seqüestro. A polícia procura outros quatro suspeitos de envolvimento no caso.

Os seqüestradores que cuidavam do cativeiro fugiram antes de a policia chegar, porque provavelmente foram avisados que estavam perto de ser descobertos, com a prisão de parte da quadrilha. O grupo continua foragido.

Os estrangeiros foram presos depois que o dono do imóvel alugado desconfiou do pagamento, efetuado em dólares.

Na chácara, alugada pelos estrangeiros havia cerca de 20 dias, foram encontrados cinco bilhetes possivelmente escritos por vítimas e uma agenda com nomes de possíveis vítimas de seqüestro. Também foram apreendidos mais de US$ 9 mil em dinheiro, três computadores, maconha, telefones celulares, armas, objetos que podem ser usados como disfarce e dois carros.

Segundo o delegado Wagner Giudice, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), a quadrilha responsável pelo seqüestro é formada por mais de dez pessoas e deve incluir também brasileiros.




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