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Indústria automotiva lidera intenção de investimento
06/07/2010 | 07:00
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As indústrias de bens de consumo duráveis, sobretudo produtoras de automóveis e autopeças, são o destaque na intenção de investimentos em ampliação de capacidade de produção em 2010, segundo sondagem de investimentos da indústria divulgada ontem pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

O superintendente adjunto de ciclos econômicos, Aloisio Campelo, explicou que, enquanto na média das 789 empresas informantes do estudo, 40% citaram a ampliação da capacidade produtiva como principal motivo para a realização de investimentos, no caso das companhias do grupo de material de transporte (automóveis, autopeças) o percentual sobe para 60%, recorde para essa atividade na série histórica, iniciada em 1998.

Das empresas informantes que integram a categoria de bens de consumo duráveis como um todo, 56% pretendem aplicar em aumento da capacidade neste ano, ante 36% no ano passado.

Segundo ele, a sondagem mostrou que os níveis de planejamento em ampliação de capacidade já estão retornando aos altos patamares de 2007 e 2008. "A crise já passou em termos de retomada da produção industrial, contratações e realização de investimentos, principalmente em expansão de capacidade. Quando a empresa faz esse tipo de investimento é porque está acreditando no crescimento da economia não apenas agora, mas também nos próximos anos", observou Campelo. O percentual de companhias que informaram que pretendem ampliar a capacidade subiu de 24% em 2009 para 40% este ano, quando a intenção alcançou o maior nível desde 2008 (50%). Em 2008, era de 50% e em 2007, de 39%.

Para o analista da FGV, os projetos empresariais refletem não apenas o aquecimento da economia, mas também os incentivos para investimentos, como o PSI (Programa de Sustentação do Investimento). "Fizeram diferença não apenas os estímulos como o PSI, mas também os incentivos fiscais que aceleraram a recuperação da economia", disse.

Ele explica que a série histórica dessa sondagem, iniciada em 1998, revela que há estreita correlação entre o Nuci (Nível de Utilização de Capacidade Instalada) e a expansão da capacidade de produção nas empresas.

Levando-se em consideração a média dos seis meses anteriores à realização do estudo, o Nuci da sondagem divulgada ontem (de abril/maio de 2010), relativo ao período de novembro de 2009 a abril de 2010, é de 84%, bem acima do apurado em abril de 2009, de 79,4%, mas ainda inferior a 2008, quando chegou a 85,9% no período.




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