O projeto de lei número 11/2016, de autoria do prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), causou polêmica ontem na Câmara. Em caráter de urgência e fora da pauta do dia, a proposta do Executivo visava transferir uma verba de R$ 1,67 milhão do Ensino Fundamental, da Secretaria de Comunicação e do poder administrativo para a Educação Infantil, “apoio administrativo” e para reequipamento da GCM (Guarda Civil Municipal).

A confusão começou porque o projeto havia sido apresentado no Legislativo como sendo somente para aprovação de verba da Apraespi (Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão de Pessoa com Deficiência de Ribeirão Pires).

“O Executivo, muitas vezes, deixa a gente em saia justa porque a Apraespi precisa dessa verba, mas acho que propor o projeto assim é chantagem. Eles (Prefeitura) não explicam nada, viram as costas para os nossos requerimentos e a gente tem de votar? É uma política suja e rasteira”, reclamou o vereador Renato Foresto (PT). Ele sugeriu a separação dos projetos.

O líder do governo no Legislativo, Hércules Giarola (PR), defendeu a votação do texto original e foi apoiado pelo presidente da Câmara, José Nelson de Barros (PSD). Ambos foram contrários à emenda de Foresto, que foi derrubada.

Apesar da indignação declarada pelos vereadores, o projeto original foi aprovado por 16 votos favoráveis contra um contrário, o de Renato Foresto. “Vou votar favorável pela Apraespi, mas fica meu repúdio pelo projeto”, declarou Diva do Posto (PR).