A escadaria que liga a rua Massaranduba à avenida Sorocaba, no Parque João Ramalho, em Santo André, está tomada pelo mato desde o início do ano. Com a falta de manutenção, o que se vê é apenas uma estreita trilha. Os moradores da região que passam diariamente por lá reclamam da grande quantidade de ratos e cobras no terreno.

O comerciante Givaldo Bernardo da Silva, 43 anos, fez a primeira solicitação de limpeza do terreno à Prefeitura em 26 de janeiro. Deram-lhe um prazo de 15 dias, mas nada foi feito. Ligou novamente em 11 de fevereiro, e o prazo prometido foi o mesmo. Sem nada resolvido, Silva foi até a Ouvidoria da Prefeitura, em 6 de abril, e protocolou a reclamação. O prazo estipulado para a limpeza do local foi de 30 dias. “Esse prazo já venceu na semana passada e ninguém veio até aqui. O que mais precisarei fazer para alguém limpar este terreno e os ratos e cobras desaparecerem da rua e da casa das pessoas?”, pergunta indignado Silva, que é líder comunitário do bairro.

O escadão costuma ser utilizado por crianças que cortam caminho para chegar na EE Nagib Miguel Elchmer, que fica na rua Massaranduba. Com medo de passar pelo terreno, a estudante Gabriela dos Santos Nascimento, 8 anos, dá a volta no quarteirão e anda mais 500 metros para chegar à escola. “Eu não gosto de vir por aqui por que sempre vejo ratos e o meu uniforme fica todo molhado quando desço a escada e encosto no mato”, conta.

Vizinha do escadão há dois anos, a dona de casa Katia Regina da Silva, 28 anos, não sabe mais o que fazer para conter a invasão dos ratos em sua casa. “Todos os dias eu encontro ratazanas dentro de casa. Eu tenho oito crianças e morro de medo delas ficarem doentes, mas não encontro veneno que dê conta. Parece que a Prefeitura só tira o mato na época de eleição”, diz.