A Justiça condenou o Hospital de Base e a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, no Interior de São Paulo, a indenizar em 1.500 salários mínimos (cerca de R$ 570 mil atualizados), por danos morais, a família do garoto Ygor Truyts, de seis anos de idade, vítima de paralisia cerebral que teria sido causada por erro médico durante o parto, em setembro de 2002.
A decisão, em primeira instância, deve ser publicada na próxima semana no Diário Oficial do Estado. A assessoria do HB informou que a diretoria só comentará o assunto quando for notificada da sentença, mas que vai recorrer.
De acordo com o juiz Paulo Sérgio Romero Vicente Rodrigues, da 4ª Vara Cível de Rio Preto, laudos comprovaram que os médicos erraram nos procedimentos adotados para parto normal e demoraram a iniciar a cesariana, o que causou danos irreversíveis ao bebê. Na ocasião, o Ministério da Saúde incentivava os hospitais a fazer cirurgias por meio de parto normal, pagando um extra por cada procedimento feito pelo SUS.
“Houve falta de oxigênio no cérebro do bebê, que nasceu com 3,55 quilos e 53 centímetros, mas sem qualquer coordenação motora, sem fala e hoje se alimenta por sonda”, diz o advogado Flávio Marques Alves, que defende a família. Segundo ele, exames de pré-natal previam o nascimento de um garoto saudável.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.