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Genro nega que volta ao governo Lula seja compensação
25/02/2006 | 07:59
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Apesar de se mostrar satisfeito com o retorno ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente nacional do PT Tarso Genro negou sexta-feira que essa decisão seja uma compensação pela forma como encerrou a participação na presidência do partido.

Genro, que é cotado para substituir o chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Jaques Wagner, alegou que o interesse de Lula tem como principal fator a satisfação com o trabalho que fez na época em que ocupava o Ministério da Educação.

“Para mim, não se trata de compensação”, disse o ex-presidente nacional do PT. Genro deixou o ministério no meio de 2005, a pedido do presidente, para assumir a presidência da legenda, em meio às denúncias do mensalão.

Diante da dificuldade de conciliar as diferentes correntes que integram a sigla, desistiu de disputar a eleição interna, realizada em outubro. Na época, ele exigiu que fossem retirados da chapa representada por ele os nomes de todos os envolvidos em denúncias de corrupção, entre eles, o ex-deputado José Dirceu (PT-SP).

A discussão em torno da composição da chapa do chamado Campo Majoritário deu origem a uma briga pública entre Genro e Dirceu, que culminou com a saída do ex-ministro da Educação da presidência da legenda.

Desde então, a idéia de que Genro poderia retornar à administração federal foi estudada em diversas ocasiões. Recentemente, o nome do ex-presidente nacional petista foi cotado, por exemplo, para ministro do Supremo Tribunal Federal.

Apesar do episódio, Genro afirma que não vê motivos para compensação. Segundo o ex-presidente do PT, tanto a entrada na presidência da sigla como a saída foram resultado das decisões dele.

“Eu não fui candidato (na eleição interna) porque não quis”, disse, lembrando que, na época, não encontrou dentro da agremiação os elementos necessários para tornar viável essa candidatura.




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