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Atila admite trocar de sigla para disputar Paço

Deputado e pré-candidato em Mauá se diz contente no PCdoB, mas fala em relação com o PSB

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
10/01/2016 | 07:31
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Denis Maciel/DGABC


Deputado estadual e pré-candidato ao Paço de Mauá, Atila Jacomussi admitiu a possibilidade de deixar o PCdoB e entrar em outro partido para disputar a eleição de outubro. O parlamentar não revelou à qual legenda poderia se filiar, mas citou a aproximação com o PSB estadual e com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Para mudar de agremiação, porém, Atila aguardaria a abertura da janela partidária (período de 30 dias) que permitiria a deputados eleitos trocarem de legenda com vista às eleições deste ano sem correrem o risco de perder o mandato pela Lei da Fidelidade Partidária.

Aprovado pelo Senado no fim do ano passado, esse prazo terá validade de um mês após a promulgação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição), o que ainda não ocorreu. A minirreforma política sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT) em setembro autorizou a janela apenas para quem está no fim do mandato. No caso da eleição deste ano, apenas para os vereadores. “Minha candidatura a prefeito é do povo, não do partido. Se eu tiver que buscar outra legenda para disputar a eleição e realizar o sonho de Mauá, irei fazer”, admitiu o comunista.

O PCdoB já deu aval para a candidatura de Atila a prefeito. A sigla, inclusive, considera o projeto do deputado como prioritário para o bom desempenho da legenda nas eleições municipais deste ano. Entretanto, Atila tem o PSB como uma das possibilidades de garantir Alckmin em seu palanque, uma vez que o partido ocupa a vice do tucano, com Márcio França. Outra opção seria convencer os tucanos a abrirem mão de lançar candidatura do ex-prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi (PSDB) e oferecer aliança ainda no primeiro turno do pleito.

Eventual ida de Atila para o PSB, porém, seria construída na esfera estadual, via Caio França, hoje homem-forte do partido em São Paulo e colega de Atila na Assembleia Legislativa. Em Mauá, o partido é fiel escudeiro do prefeito Donisete Braga (PT) e atua, nos bastidores, para ocupar a vaga de vice na chapa do petista. O presidente do PSB mauaense, Carlos Tomaz, é secretário de Segurança Pública do governo petista.

“Não vou dizer que dessa água eu não beberei. Já fui vereador pelo PSB. Foi um partido que me deu oportunidade e só saí de lá para um crescimento político”, afirmou Atila. 




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