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Santo André perde,
mas segue na briga
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
14/04/2011 | 00:37
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Pelo que foi o jogo ficou de bom tamanho para o Santo André. O time, em momento algum, se abateu diante do Palmeiras. Mas a qualidade do adversário foi superior e se refletiu nos 2 a 1 de ontem à noite, no Estádio Bruno Daniel, no duelo de ida pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O gol do zagueiro Anderson no fim da partida deu ânimo para o duelo da volta, quinta-feira, no Pacaembu. Agora, o Ramalhão terá de vencer por dois gols de diferença para se classificar. O Verdão garante a vaga nas quartas de final com empate ou até se perder por 1 a 0.

A primeira etapa foi totalmente dominada pelo Palmeiras. Tanto Tinga quanto Márcio Araújo tinham liberdade para receber, pensar e tocar. Já Valdivia, Kléber e Cicinho sofriam forte marcação, às vezes até exagerada. A truculência andreense acabou punida, aos poucos, pelo árbitro Guilherme Cereta de Lima. Só no primeiro tempo Alex Silva, Marcelo Godri, Dênis e Magno levaram cartão amarelo.

O Santo André nem parecia jogar em casa. Assistia o Palmeiras jogar e corria atrás da bola. Fechado com três zagueiros, Alex Silva improvisado na ala direita e mais Magno e Walax pouco apoiando, restavam apenas Aloísio, Igor e Rychely para arriscar alguma coisa.

Logo aos três, o primeiro susto em Neneca, após falta perigosa cobrada por Marcos Assunção. Aos dez, novamente o volante arriscou.

A equipe palmeirense rodava a bola e buscava espaços na área. Assim, aos 20, Kleber recebeu na área, foi derrubado por Marcelo Godri e o árbitro marcou pênalti. O próprio Gladiador cobrou, Neneca defendeu parcialmente e no rebote Kleber abriu o placar.

O Santo André, perdido, tentava chegar do jeito que dava e a única oportunidade que teve foi em chute à distância de Aloísio, aos 35.

Tanto que, antes do intervalo, Luan ainda teve duas chances de ampliar. Uma, aos 37, em chute da área, e outra aos 40, em cabeçada sobre o gol.

O segundo tempo foi diferente. O Ramalhão, aos poucos, igualou as ações após as entradas de Borebi e Vitor Hugo. Mas a qualidade alviverde para trabalhar a bola, rodar as jogadas e encontrar formas de invadir a área eram melhores. Foi assim que, aos 17, Luan tentou, mas parou em Neneca.

E quando o Santo André buscava o gol, Kleber sofreu mais um pênalti, desta vez de Sandoval. Como no primeiro, o Gladiador cobrou e Neneca desviou a escanteio. Na cobrança, após desvio de Thiago Heleno e rebote da trave, Kleber ampliou.

O Palmeiras relaxou com o placar e o Ramalhão cresceu. Aloísio, por duas vezes, e Walax, pararam em Deola. E, aos 43, após cobrança de falta de Aloísio, Anderson desviou e diminuiu para o Santo André.

 

Gol no fim do jogo devolve confiança ao Ramalhão

O gol marcado pelo zagueiro Anderson devolveu a confiança ao Santo André. Apesar da derrota em casa, os jogadores acreditam ser possível reverter a vantagem no jogo de volta, marcado para quinta-feira, no Pacaembu.

Anderson mostrou confiança total na classificação. "Amenizou um pouco a derrota. Acho que podemos vencê-los fora de casa apesar de reconhecer a dificuldade. Vamos tentar, mas a responsabilidade é toda do Palmeiras pelo elenco que tem", comentou.

O defensor deixou o gramado insatisfeito com a arbitragem. "Os juízes são sempre tendenciosos. Apitam sempre de forma diferenciada para o time grande. Sei disso porque já estive do outro lado. Não acho que foi pênalti no primeiro lance. Estava 0 a 0 e o jogo seria outro. Agora é tentar recuperar na partida de volta", lamentou Anderson. Anderson Fattori

 

Bruno Daniel coloca imprensa para escanteio, literalmente

A importância do jogo de ontem atraiu dezenas de jornalistas ao Bruno Daniel. Porém, a estrutura precária do estádio dificultou o trabalho de boa parte dos profissionais, principalmente os repórteres de jornal.

A superlotação das cabines de imprensa impediu que os jornalistas chegassem ao local. Sem espaço, a solução foi improvisar cadeiras atrás de um dos gols, com poucas condições de visibilidade.

Se isso não bastasse, no início do segundo tempo, gás lacrimogêneo foi atirado pela Polícia Militar para afastar torcedores que tentavam assistir ao duelo de uma árvore, de fora do estádio. A fumaça, entretanto, invadiu o estádio, atingiu o espaço onde estavam os jornalistas e jogadores e provocou a paralisação do duelo.

A alegação do Santo André, da administração do estádio e da Federação Paulista de Futebol é que a quantidade de jornalistas superou o previsto. Anderson Fattori




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