Com a proximidade da conclusão das obras civis, orçadas em cerca de R$ 20 milhões, começa a contagem regressiva para a inauguração, prevista para o ano que vem. O prazo de entrega era no fim deste mês, mas faltam detalhes como acabamento, paisagismo – da arquiteta Amélia Bratke – e obras de arte. Tudo já está providenciado, e a conclusão está prevista para novembro e dezembro próximos.

O projeto dos arquitetos Tito Lívio e Vasco de Melo data de 1991, e responde a um programa de parâmetros detalhados e aprimorados dentro da filosofia de trabalho do Sesc. “A partir disso, tivemos liberdade de expressão espacial e formal”, diz Lívio.

Predominam linhas retas no exterior e onduladas no interior, com muito branco e cinza claro. Uma constante, contudo, pode ser mencionada. No interior, janelas em forma de escotilhas. Por fora, acima do pergolado metálico que dá acesso às piscinas, um prolongamento externo em concreto da área do teatro, semelhante à proa de um barco. “Não houve intenção de formar um navio. A boa arquitetura não copia formas nem elementos da natureza”, afirma Lívio.

Chama a atenção a permeabilidade visual, explorada no interior com a luz natural fluindo entre caixarias e nos vãos livres, muito utilizados, bem como colunas de sustentação em concreto de formas arredondadas.

O desenho do piso é do próprio Lívio, em placas pré-moldadas de alta resistência. O acabamento das paredes internas é em granito lavado fulget, com cascatas nos corredores. A solução mista que dá unidade à obra é embasamento de concreto e metal nas coberturas, pisos superiores e mezaninos. Um arco com três mastros de metal – cobertura das quadras ao lado da área das piscinas – é a única estrutura totalmente metálica do conjunto.