O ex-prefeito Mauricio Soares, que no mês passado disparou ataques ao PT e a integrantes do governo do prefeito Luiz Marinho (PT), em São Bernardo, cogitou continuar no petismo e na gestão são-bernardense. Ele revelou que não entregou a carta de desfiliação do PT, embora tenha anunciado saída da legenda pelas redes sociais, porque ainda aguarda reunião decisiva com Marinho para saber se suas exigências serão acatadas.

O encontro estava marcado para a manhã de ontem. Foi adiado para a tarde e, depois, transferido para hoje. Mauricio solicitou a demissão dos secretários Cleuza Repulho (Educação), Odete Gialdi (Saúde), José Albino (Governo) e Nilza de Oliveira (primeira-dama e de Orçamento e Planejamento Participativo), argumentando que todos são a “arrogância” dentro da Prefeitura de São Bernardo.

“Se tiver meus pedidos acatados, posso ficar no partido e no governo. Trabalhei muito pela Fundação Criança. Mas, caso não ocorra, deixo a administração e o partido, com objetivo de contribuir com candidatura à Prefeitura na eleição do ano que vem”, declarou o ainda petista.

Mauricio se manteve à frente da Fundação Criança – com salário de R$ 19.216,35 – segundo ele, a pedido de Marinho. Nos bastidores políticos da cidade, muito se comenta que o movimento de Mauricio no mês passado foi de ser candidatura auxiliar do petismo em 2016, já que o favorito de Marinho para a sucessão, o secretário de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli (PT), ainda não decolou nas pesquisas.

Outros defendem que Mauricio pode se viabilizar como quarta força da eleição, pois teve conversas com o ex-prefeito e ex-aliado William Dib (PSDB).