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Alunos da Fundação Sto.André reclamam da falta de segurança
Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
13/04/2015 | 07:00
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Alunos da FSA (Fundação Santo André) reclamam da falta de segurança no campus, localizado na Vila Príncipe de Gales. Segundo eles, roubos e furtos são comuns nas imediações.

O estudante de Ciências Contábeis Lucas Maia, 20 anos, teve um amigo que foi assaltado no início do ano. “Ele estava saindo daqui para pegar carona quando foi abordado e levaram o celular e o relógio. Como pego ônibus e demora um pouco, fico no ponto vazio e é muito escuro, tenho medo”, disse.

Henrique Amaro conhece duas pessoas que tiveram os mesmos objetos roubados, mas no início do ano passado. “Não foi a mão armada, mas elas estavam na rua e foram ameaçadas. A faculdade não tem segurança no estacionamento. Qualquer um pode entrar, não tem controle e é muito escuro”, reclamou.

“Se aqui dentro tivesse mais iluminação e segurança, isso não aconteceria”, disse Caio de Lima, 21, aluno de Ciências Contábeis.

A região, que já teve base comunitária que pertencia à PM (Polícia Militar) e que atualmente tem apenas um guarda-civil municipal em plantão, vê a concentração de usuários de drogas aumentar nas proximidades. No viaduto que fica ao lado da instituição, o fotógrafo do Diário Denis Maciel foi assaltado a mão armada há cerca de dois anos. Todo o equipamento, incluindo a câmera fotográfica e as lentes, foi levado.

“Fui abordada diversas vezes, mas só pedem esmola. Porém, você não sabe se a pessoa tem uma arma escondida e vai te roubar”, disse Maria Kardash Salvador, 27, estudante de Letras.

“Temos um grupo do Facebook onde se fala bastante de assaltos. Nunca presenciei, mas é natural que a gente fique com receio”, disse o estudante de Ciências Sociais Henrique André Cordeiro, 21.

Apesar das inúmeras reclamações, o número de boletins de ocorrência registrados no 4º DP (Jardim), responsável pela área, não é alto. Segundo o delegado titular, José Rosa Incerpi, desde o início do ano foram cerca de dez registros. “São ações muito comentadas, mas que infelizmente têm poucos registros. Como normalmente esses roubos são de coisas de pequeno valor, como relógios, celulares ou peças de automóveis, as pessoas não registram”, disse.

Para o delegado, os assaltos tem relação com a concentração de usuários de drogas. “Você percebe que não tem padrão. Pode ser estepe de carro, toca CD, o que parece ser para financiar a droga. Discutimos esse assunto nas reuniões de Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) e, na semana passada, conversamos com o coronel (José Luis) Navarro (Secretário de Segurança Urbana e Comunitária) com a presença da PM e foi definido que serão feitas rondas nos horários de pico.”

Conforme o capitão Alexandre João Salomão, do 10º Batalhão da PM, há trabalho conjunto das forças de Segurança para que os crimes sejam evitados na área. “Estamos atuando no horário de maior trânsito de veículos, principalmente dos estudantes. Fazemos ronda pelos locais onde eles costumam parar os carros e ficamos com a viatura estacionada na entrada. É uma atuação preventiva, mas também de manutenção da ordem.”

A FSA disse, em nota, que questões relacionadas à segurança dentro do campus universitário têm sido pensadas pela Reitoria junto à Prefeitura a fim de garantir a tranquilidade dos estudantes e o bom convívio comunitário. A instituição afirmou que vem, com frequência, solicitando aos órgãos de proteção que intensifiquem a vigilância nas redondezas do campus.

Algumas medidas de segurança, como atenção ao andar na rua e não mexer no celular nos pontos de ônibus, também ajudam. “Além disso, é importante deixar o veículo em áreas seguras, verificar se ele está trancado e não estacionar em local ermo. Para quem utiliza o transporte público, é bom observar o ponto de ônibus e, caso perceba alguma situação que traga insegurança, ligar para o 190”, aconselhou o capitão Salomão. 




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