As situações são parecidas. Duas secretarias de Educação fazem uma ação polêmica. Dois titulares das Pastas têm de dar explicações. Mas as atitudes são diferentes. Enquanto Gilmar Silvério, de Santo André, foi à Câmara ‘convidado’ a dar detalhes sobre a contratação da empresa Uniks, que forneceu kits escolares por R$ 14,9 milhões à administração municipal, Cleuza Repulho, de São Bernardo, 'convocada' pelos parlamentares, não deu as caras no Legislativo para expor os motivos que levaram o Paço a cortar metade da merenda de 80 mil alunos – os da manhã não têm mais café e os da tarde estão sem almoço. As reações dos prefeitos também destoaram. O chefe do Executivo andreense Carlos Grana (PT) cobrou o secretário. Disse que é função e dever dele dar as devidas explicações sobre a contratação. Havia muitas dúvidas, que foram aos poucos sendo esclarecidas. Já o comandante são-bernardense, Luiz Marinho (PT), se escondeu junto com Cleuza. Jogou no escuro. Ao invés de incentivar a transparência, relutou em admitir o caso que tem repercussão negativa nos quatro cantos da cidade. E procura 'o melhor momento' para substituir a secretária. Fala que a Educação é prioridade, mas retira refeições de crianças de 5 a 10 anos, sob a justificativa de que objetiva combater a obesidade infantil. Argumento que contradiz tese de nutricionistas. Não é tirando alimentos que se forma pessoas saudáveis.

Com socialistas
Vereadora de Diadema, Cida Ferreira (PMDB) ficou sem espaço no grupo governista e foi expelida da base aliada de Lauro Michels (PV). O rumo da peemedebista, mesmo sendo duvidosa a candidatura a prefeito pelo PSB, é de alinhamento aos socialistas em 2016. O chefe do Executivo tem ficado cada vez com menos força.

Na surdina
O ministro da Saúde, Arthur Chioro (PT), proferiu aula inaugural, ontem, do curso de Medicina da Faculdade das Américas, em São Bernardo, aquela que tem autorização para atuar em São Paulo, como mostrou este Diário. Curioso é que ninguém soube da visita do integrante do governo Dilma Rousseff (PT) à região. Está escondendo alguma coisa, ministro?

Alguém entendeu?
Osmar Silva Filho, diretor do DAE (Departamento de Água e Esgoto) de São Caetano, foi exonerado e renomeado como interino para o mesmo cargo. O prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) garantiu que não vai trocá-lo e disse que a mudança é apenas burocrática. Era titular, virou interino, mas não vai sair. Então por que mudou, prefeito?