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Indústria cresce 8,5% no trimestre
Por Daniel Trielli
do Diário do Grande ABC
30/04/2008 | 07:01
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Dados divulgados ontem pela Fiesp e Ciesp (Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) apontam que a produção industrial paulista está em fase de crescimento. O INA (Indicador de Nível de Atividade) cresceu 8,5% no primeiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado.

No acumulado do ano, o indicador registra alta de 7,2%. No entanto, Paulo Francini, diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas Econômicas) da Fiesp, explica que o ritmo deve diminuir até o meio do ano. Mas isso não significa necessariamente algo ruim. “Pela evolução da indústria, parece que a atividade está se acomodando, mas em um bom patamar.”

Segundo Francini, a produção industrial deve registrar, nos próximos meses, uma sucessão de leves altas, o que traria um crescimento mais sustentado à atividade.

CALENDÁRIO FRACO

 Embora tenha sido registrado um bom resultado no primeiro trimestre, março em particular teve um desempenho fraco, influenciado pelo baixo número de dias úteis.

Segundo o diretor do Depecon, nos últimos quatro anos foi registrada uma média de 18 dias úteis em fevereiro e 22,5 em março, o que faz com que, historicamente, o terceiro mês do ano aponte uma forte alta no índice. Neste ano, porém, foram respectivamente 19 e 20 dias úteis. “A comparação entre os meses é extremamente afetada por isso”, ressalta Francini.

De fato, embora tenha havido crescimento em termos reais, com o ajuste sazonal (que leva em conta o histórico de variação no mês). foi detectata uma retração de 4,3% no INA.

 Em abril, a entidade já espera um crescimento maior, tanto em termos reais quanto relativos. Isso porque outra pesquisa divulgada pela Fiesp ontem, o Sensor, aponta que a maioria dos empresários acredita em aumento da atividade industrial.

O Sensor Fiesp de abril marcou 57,5 pontos (nessa metodologia, 50 pontos é estabilidade, abaixo disso é queda e acima, alta). As empresas pesquisadas apostam no crescimento de mercado (58,4), vendas (58,7) e emprego (60,3).




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