Foram quase três anos de espera. E neste sábado finalmente os moradores de São Caetano e da capital terão de volta a ponte que liga as duas cidades. Localizada na avenida Guido Aliberti, na altura da rua São Paulo, no Jardim Santo Antônio, a estrutura desmoronou depois de uma tempestade, em outubro de 2002, e desde então motoristas têm de recorrer às rotas alternativas para cruzar o ribeirão dos Meninos. A reconstrução do acesso será entregue às 14h, em cerimônia que contará com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Prevista para ser concluída em abril, a obra será inaugurada com dois meses de atraso. Desde a semana passada, pedestres já utilizam a passagem, mas os motoristas ainda entopem as vias Almirante Delamare e estrada das Lágrimas nos horários de pico. A ponte terá cerca de 30 metros de extensão, 25 de largura, calçadas em ambos os lados, mão dupla e faixa única para o trânsito de veículos.

“A inauguração vai aliviar bastante o tráfego na Almirante Delamare e estrada das Lágrimas. E também vai beneficiar quem mora na capital, principalmente os moradores do Heliópolis e São João Clímaco, bairros que fazem divisa com a nossa cidade”, avalia o diretor de Obras de São Caetano, Julio Marcucci. Segundo ele, a reconstrução permitiu que a ponte ficasse mais “alta”, ou seja, mais distante do ribeirão e dos riscos de ser atingida pelas cheias em época de chuvas.

Orçada em R$ 772,2 mil, a reconstrução da ponte foi executada pelo Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), órgão do Estado. Depois de inúmeras discussões jurídicas – e políticas –, as Prefeituras de São Caetano e São Paulo decidiram dividir as despesas com o governo do Estado e cada uma das partes vai desembolsar R$ 257,4 mil. Para que o convênio entre os três beneficiados pela obra pudesse se concretizar, um projeto de lei teria de ser aprovado pelos legislativos de São Caetano e da capital. Por isso tanta demora em concluir os trabalhos.

Índio Tibiriçá – Antes de seguir para São Caetano, o governador Geraldo Alckmin faz uma parada em Ribeirão Pires, onde participa da cerimônia que decretará o início oficial das obras de revitalização da rodovia Índio Tibiriçá (SP-31). Na prática, os trabalhos na estrada começaram há cerca de 15 dias, com o levantamento topográfico dos 37 quilômetros de pista, que se estendem de São Bernardo a Suzano, passando por Santo André e Ribeirão Pires.

No projeto, orçado em R$ 20,2 milhões, está previsto o recapeamento de toda pista, além de três rotatórias para ordenar os acessos a bairros próximos e 6,1 quilômetros de duplicação que vão facilitar ultrapassagens. Por conta do alto número de acidentes, a Índio Tibiriçá é conhecida desde a década de 1970 como a estrada da morte do Grande ABC. Só esse ano, de janeiro a maio desde ano, foram sete vítimas fatais.