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Gestão Lauro discute indicação de Zé Augusto à Câmara

Parte do secretariado crê que tucano seria bom nome na eleição à presidência da Casa

Por Raphael RochaDo Diário do Grande ABC
04/11/2014 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Cresce no alto escalão do governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), corrente que defende a indicação do ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos (PSDB) como nome do Paço na eleição à presidência da Câmara, marcada para dezembro. O tucano está licenciado da vereança desde o início da gestão por chefiar a Secretaria de Saúde do município.

O plano tem apoio de metade do secretariado e de parte da bancada de vereadores fiéis à administração, mas possui resistência de Zé Augusto, que não nutre desejo de ser vereador. Ele só concorreu ao cargo em 2012 porque havia risco de o PSDB não emplacar nenhum nome na Câmara, já que a chapa estava enfraquecida desde a saída de Lauro e do vereador Márcio da Farmácia (PV), um ano antes – Zé Augusto recebeu 7.254 votos, a maior votação da história da cidade.

Defensores da candidatura de Zé Augusto à presidência da Casa entendem que o projeto atenderia duas necessidades da gestão de uma só vez: traria o comando da Câmara para aliado do Paço, com pulso firme, e também trocaria o comando da Pasta de Saúde, a mais criticada do mandato de Lauro. Hoje o Legislativo é chefiado pelo oposicionista Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), e o governo já contabilizou derrotas, como a instalação da CPI da Saúde.

Embora veja pessoas próximas pregarem a ida de Zé Augusto ao Legislativo, Lauro está reticente. Já ouviu algumas vezes do tucano que ele não gostaria de ser vereador e que precisaria de tempo para colocar a Secretaria de Saúde nos trilhos. O receio é que o ex-prefeito, contrariado, migre para a oposição e lance até candidatura própria à Prefeitura em 2016, criando empecilhos na busca pela reeleição, num pleito que tende a ser complicado, contra o também ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT).

Hoje dois nomes tentam se cacifar para buscar a presidência da Câmara com suporte do Paço: Célio Boi (PSB) e José Dourado (PSDB). O socialista tem a seu favor o fato de Lauro contemplar o PSB com cargo de destaque sem precisar ceder espaços em secretarias estratégicas. Já o tucano é querido pela bancada governista por perfil aglutinador. 




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