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Israel mata ao menos 11 palestinos em represália a atentados
Do Diário OnLine
19/02/2002 | 12:06
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Soldados israelenses mataram pelo menos 11 palestinos durante a noite de segunda-feira e a madrugada de terça, ao mesmo tempo em que prédios da segurança palestina eram alvos de bombardeios aéreos. As ações são uma represália aos dois ataques palestinos, que deixaram quatro israelenses mortos na segunda-feira.

Três palestinos, entre os quais uma mulher de 36 anos e filha dela de 14, foram mortos e outros seis feridos quando o exército israelenses atacou com tanques as imediações de Jan Yunés, no Sul da Faixa de Gaza, segundo fontes palestinas.

Durante o ataque, o exército israelense disparou obuses contra as casas palestinas e ainda impediu ambulâncias de se aproximarem para levar os feridos antes do fim da operação que durou várias horas.

Perto das colônias israelenses de Gush Jatif, no Sul da Faixa de Gaza, um palestino foi morto a balas por soldados israelenses perto do caminho de acesso a colônias judaicas, indicaram responsáveis palestinos.

Na Cisjordânia, dois palestinos, um homem de 34 anos e uma mulher de 25 foram mortos e outros seis ficaram feridos quando os soldados israelenses dispararam no interior do acampamento de refugiados de Balata, perto de Nablus.

Uma unidade especial do exército israelense entrou no campo, que abriga 90.000 palestinos, e matou os dois palestinos. Os israelenses fugiram após o crime.

A aviação israelense lançou ainda dois ataques contra o quartel general da polícia palestina em Rafah, também no Sul da Faixa de Gaza, e outro contra um edifício pertencente a unidades da Força 17, responsável pela segurança de Yasser Arafat, em Ramalah (Cisjordânia). O ataque deixou pelo menos duas pessoas feridas.

Os israelenses realizam ainda outro ataque a um campo de refugiado, desta vez no Norte de Gaza. Helicópteros efetuaram disparos contra construções, matando dois palestinos e ferindo quatro, entre elas uma menina de 10 anos. Outras crianças também se feriram com estilhaços de um míssil que caiu perto de uma escola.

Os ataques aconteceram depois de uma reunião do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, com o gabinete de segurança. Sharon não tem a intenção de "mudar fundamentalmente sua política em matéria de segurança, mesmo que as represálias sejam mais drásticas nos próximos dias", afirmou a rádio isralense.

Com estas mortes, o número de vítimas fatais desde o começo da segunda Intifada, em setembro de 2000, aumenta para 1.232 (exato), dessas 941 são palestinas e 269, israelenses.




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